O presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira, homenageou, durante o seu discurso na sessão solene comemorativa dos 48 anos do 25 de Abril, os presidente e autarcas de freguesia e anunciou, para daqui a dois anos, um monumento em memória dos resistentes antifascistas e presos políticos. A sessão decorreu esta manhã no salão nobre da Câmara Municipal.
Na sua intervenção, Vítor Pereira usou números do antes e depois de 74 para provar que “a face do país mudou” com a democracia, mostrando que em campos tão fundamentais como a educação, saúde, habitação, emprego, não se pode comparar o número de portugueses que a estes tinham, e têm acesso, nem os rácios que existem comparando homens com mulheres.
“Portugal é hoje um país incomparavelmente melhor”, afirmou o autarca, para concluir que “é impossível imaginar como seria Portugal e como viveriam os portugueses sem a “Revolução dos Cravos”, afirmou. Agradeceu, por isso, a “todos aqueles que conquistaram a liberdade e a democracia para o país.
48 anos em que “Portugal deu um salto significativo”, continuou Vítor Pereira, assegurando que “todos os protagonistas políticos foram determinantes, mas dada a proximidade, afeto e empenhamento direto há uns que são fundamentais”, nomeando os “presidentes de junta e ou autarcas de freguesia”, homenageando-os com “uma calorosa salva de palmas” que pediu aos presentes.
Ainda nesta senda de agradecimentos o presidente da Câmara anunciou que, durante as comemorações dos 50 anos da revolução que está a preparar com a União dos Resistentes Antifascistas, terá lugar a inauguração de um monumento simbólico em agradecimento à sua ação e será feito o lançamento de um livro. “Um agradecimento que todos devemos aos antifascistas e aos presos políticos”, sublinhou.
Neste que foi o primeiro 25 de abril depois de iniciar o novo mandato, o presidente da Câmara da Covilhã assegurou que a sua governação assenta no compromisso “de prosseguir com o desenvolvimento”, fazendo com que “a Covilhã se cumpra em Abril e Abril se cumpra na Covilhã”. Um compromisso que já vem dos dois anteriores mandatos e que “os covilhanenses renovaram” ao dar a vitória ao PS nas últimas eleições, disse.
Na sua intervenção Vítor Pereira enumerou obras como as que decorrem na ligação Vila do Carvalho/Cantar Galo, a remodelação da Avenida Frei Heitor Pinto, os miradouros, a Estrada do Porsin, a renovação do Teatro Municipal da Covilhã. Sustenta ainda que se cumpre Abril quando “captamos e apoiamos investimentos empresariais que geram emprego qualificado e que criam mais de uma centena de novos postos de trabalho”. Ou com a implementação da estratégia local de habitação, que prevê investimentos de cerca de 14 milhões de euros para “que todos os covilhanenses tenham habitação digna”, destacou o autarca.
No final do seu discurso Vítor Pereira deixou um agradecimento aos profissionais de saúde pelo empenho na vitória sobre a pandemia, terminando com um alerta para “o momento perigoso e anacrónico que vivemos na Europa”, referindo-se à invasão da Ucrânia pela Rússia, que provocou “a maior emergência humanitária depois da segunda guerra mundial”. Neste campo Vítor Pereira assegurou que, sem alardes, a Covilhã criou a missão de acolhimento Covilhã Ucrânia que já recebeu cerca de 100 deslocados com todas as condições, agradecendo a todas as entidades e empresas que ajudam nesta matéria.