Hoje, dia 7 de abril, celebra-se o Dia Mundial da Saúde e foi esta data especial a escolhida, para inaugurar o mural de arte urbana em homenagem aos profissionais de saúde.
Localizada na fachada da antiga Casa de Saúde da Covilhã, agora Paço 100 Pressa, a obra foi pintada pelo artista Pedro Leitão que explicou, na sua inauguração, a génese deste mural.
O artista evidencia que esta obra se deve, fundamentalmente a 3 pessoas/entidades. Em primeiro lugar, o grande impulsionador foi João Paulo Fazenda, proprietário do Paço 100 Pressa, que “faz muito pela arte e artistas, em especial na Covilhã”.
O empresário que se dedicou a explorar e renovar este mítico espaço covilhanense refere que é um empreendimento que já se encontra na fase 3 de 4. A parte da fachada já se encontra recuperada e, possui, ainda, 2 restaurantes e hotel.
João Paulo Fazenda congratula-se com o facto de continuar a apostar em artistas da região para realizar estas obras de arte.
Este mural deve-se também à enfermeira Mara, retratada nesta pintura. “Na pior fase da pandemia, em que ia ao centro de saúde buscar as receitas para recolher e entregar os medicamentos em casa das pessoas, em Vila do Carvalho e Cantar-Galo, houve uma vez em que a enfermeira Mara me fez o desafio de, através da minha dedicação à arte, homenagear os profissionais de saúde”, explica Pedro Leitão.
Segundo o mesmo, quando ia realizar a obra do Louva-a-Deus, no Paço 100 Pressa, e o proprietário o informou que teria duas portas, na antiga Casa de Saúde da Covilhã, surgiu a ideia. “Nada melhor do que aproveitar um edifício de referência na área da saúde para homenagear os profissionais de saúde”, destaca o artista.
“Decidi pintar a Mara porque a saúde é fundamentalmente feita de pessoas. Muitas vezes só vemos o profissional de saúde e não vemos o ser humano que está por trás”, sublinha, ainda.
O artista vinca ainda o papel da CMC que promove a arte nesta cidade que “é já uma referência no que diz respeito à arte, não só pelo festival wool, como também por todos os eventos que vão acontecendo na Covilhã”.
Manuel Geraldes, diretor executivo do Agrupamento de Centros de Saúde da Cova da Beira, marcou presença nesta iniciativa e destaca que “além de arte, estamos a recuperar memórias” visto que este foi o sítio onde nasceram muitos bebés. Não esqueceu, também, a importante articulação entre várias entidades, durante a pandemia, como a CMC e os Bombeiros, que foram “essenciais”.
João Casteleiro, Presidente do Conselho de Administração do CHUCB, refere que “é uma satisfação enorme saber que fizemos bem o nosso trabalho” demonstrando o seu orgulho visto que, “com todas as insuficiências, tivemos a capacidade de controlar a pandemia”.