Cidade Criativa: Covilhã quer Centro Nacional de Competências. Diretor de candidatura pede demissão

A Câmara Municipal da Covilhã quer no seu território o Centro Nacional de Competências em Design, avançou o presidente da Câmara Municipal da Covilhã durante a Assembleia Municipal desta segunda-feira.

Durante a sua intervenção no ponto sobre a atividade da autarquia, o presidente, enquanto descrevia os projetos reivindicados no âmbito do PRR, afirmou que a autarquia está a trabalhar em diversas candidaturas e destacou a reivindicação deste Centro na área da cultura e educação.


Uma reivindicação que está relacionada com o facto de a Covilhã ser Cidade Criativa da UNESCO na área do Design esclareceu ainda o presidente.

De resto, o tema Cidade Criativa da Unesco foi abordado em primeira instância pela oposição.

Durante o período antes da ordem do dia na reunião do órgão, primeiro Hugo Lopes (PSD) e depois Adolfo Mesquita Nunes (CDS) questionaram Vítor Pereira sobre a demissão apresentada por Francisco Paiva, diretor executivo da candidatura.

Hugo Lopes leu as razões apresentadas pelo diretor para o seu pedido de demissão elencando “falta de decisão e clareza sobre a estrutura da governação, ausência de planeamento e descontextualização das prioridades estabelecidas e um padrão reiterado de desconsideração pessoal”, questionando o executivo sobre esta matéria. O eleito do PSD afirmou mesmo que “não se trata de caso único”. Recordou relatórios escritos de Pires Manso, provedor do munícipe, em que se destaca a “falta de celeridade dos serviços municipais” e se pede “uma atitude mais pedagógica do município”.

Adolfo Mesquita Nunes questiona se é verdade esta demissão e se este mantém ou não funções. Considera que “as demissões podem ser naturais, embora as palavras usadas sejam duras” e por isso “a cidade merece justificações”. Recordando que era vereador à época da candidatura e sempre elogiou, vinca que este é, também, um “compromisso com a Unesco”. “Um ótimo projeto que não pode ficar comprometido” é importante que “haja explicações para saber o que mudar”, disse.

“É uma questão preocupante”, disse Vítor Pereira, presidente da autarquia, mas não “é dramático nem é fim de linha”, explicando que é normal que os “responsáveis de um e outro lado tenham visões diferentes e foi o que aconteceu”, considerando que ainda não é um facto “irreversível”.

Destaca que “os pilares fundamentais” da candidatura são a Câmara e a UBI e a direção executiva “será alargada”, integrando o presidente da Câmara e o reitor da UBI, entre outros.  

“Há diferenças, vamos esbate-las, se não for possível seguimos em frente”, concluiu Vítor Pereira.