Na agenda da reunião de câmara da última sexta-feira constava a alienação de mais quatro lotes no Loteamento da Grila e Jorge Simões (Juntos Fazemos Melhor), questionou o valor de venda, considerando que as transações acontecem “abaixo do preço de mercado”.
“O valor de marcado normalmente é um valor acima do valor patrimonial tributário, em cerca de 20%, e neste caso estão a ser vendidos cerca de 50% abaixo”, o que quer dizer que, “eventualmente, aqui as regras de mercado não estão a ser as mais razoáveis, normalmente o mercado não se comporta desta forma”, disse.
Jorge Simões propõe que a autarquia entregue a uma imobiliária, “a promoção e a venda” uma vez que “é usual que outras instituições públicas o façam, como a Caixa Geral de Depósitos ou os Tribunais”.
No decorrer da reunião o presidente da Câmara deu conta que “este é um processo totalmente transparente”, em que “o mercado funciona”.
Afirma que neste caso não pode haver intermediários, as vendas são feitas em primeiro lugar em hasta pública, e todos podem fazer a sua licitação, sendo que o preço base é fixado com base em avaliações feitas por entidades externas ao município, explicaram ainda elementos dos serviços de apoio ao presidente.
Jorge Gomes, que substituiu na reunião José Armando Serra dos Reis, frisou ainda que “na Covilhã não há venda de lotes com estas áreas, aos preços das avaliações tributárias, quanto mais 20% acima”, vincando que “comparativamente com outros loteamentos na cidade estes até estão inflacionados”.
No final da reunião, aos jornalistas, foi explicado que a Autoridade Tributária fez a avaliação do valor tributário, com base na possibilidade de construção em altura que pode acontecer naquela zona, mas que a Câmara Municipal não autorizou na urbanização em causa, o que faz com que o valor tributário esteja sobrevalorizado.
Vítor Pereira explica que os lotes presentes na agenda são aqueles que não tiveram interessados no leilão, algo que também está previsto na lei.