A Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, quer mais mulheres em cargos de gestão nas instituições de ensino superior, disse na Covilhã, na sessão de encerramento da conferência “As mulheres na ciência”, que celebra os 25 anos da Fundação para a Ciência e Tecnologia, FCT.
Durante a sua intervenção considerou que ao longo dos últimos anos, a evolução da participação delas nesta área, revela “números animadores”, mas o país e o ensino superior ainda não estão em situação de igualdade, principalmente em cargos de gestão ou no topo da carreira docente.
“Olhando para os cargos de gestão no ensino superior, mais de 780 são homens e 400 são mulheres”. Destaca que “há menos reitoras e menos presidentes de politécnico, há menos administradoras, menos mulheres a presidir a conselhos gerais, conselhos de curadores e conselhos de gestão”, afirmando que “na carreira académica, em particular nas posições de topo da carreira” se verifica igualmente uma desigualdade, disse.
Aos jornalistas, no final da sessão, explica que este é um tema que lhe é caro, exortando as instituições de ensino superior a “pôr em prática” os planos de igualdade que têm aprovados, “com metas”, e tentar “diminuir as assimetrias que existem”, frisando que há “mais mulheres que homens no sistema científico, mas tal não acontece nos cargos de gestão”.
Neste campo refere que tem “orgulho em integrar um governo em que pela primeira vez na história do país existe paridade. O que é um exemplo”, vincou.
Defende que “quanto mais igual for a participação de mulheres e de homens em áreas determinantes para o desenvolvimento, mais próspera, justa e equilibrada será a sociedade” e frisa que “não desiste de tornar o país, a Europa e o mundo mais igual. Pede “às jovens estudantes” para “também não desistirem” e fazerem “tudo o que querem fazer”.