Vítor Pereira: Aeródromo na região é “mais que um desejo é uma necessidade”

O presidente da Câmara Municipal da Covilhã, Vítor Pereira, uma década depois da desativação do Aeródromo Municipal da Covilhã para ali instalar o Data Center da PT, continua a afirmar que a Covilhã saiu a perder. Defende que uma estrutura desta natureza na região “mais do que um desejo é uma necessidade”.

Fazendo contas de “deve a haver”, com a instalação do “cubo” a Covilhã “saiu prejudicada”, vinca o autarca, recordando as “perspetivas de expansão” do Data Center que não se “vieram a verificar” e, também, “porque se poderia ter optado por outra localização”, disse Vítor Pereira quando o tema foi abordado pelos jornalistas no final da reunião privada do executivo, na sala de reuniões do município, onde a foto do antigo aeródromo tem lugar de destaque. “Não valeu a pena”, conclui.


Reforça que a Câmara da Covilhã não desiste de ter uma infraestrutura desta natureza, e avança que tem “um estudo prévio, para uma zona do concelho, em que é viável” a sua implantação, descrevendo um local que fica “nas imediações da Estação de Caria”, e que “confina com os concelhos de Belmonte, Manteigas, Guarda, Fundão, Sabugal”, e que poderia “cumprir a missão que estava destinada ao antigo aeródromo”. Um local que “não é muito propício à agricultura e que nem necessita de grandes obras de terraplanagem” descreve.

Frisa que este será sempre um projeto “intermunicipal”, destacando que já o apresentou à Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela, e “é uma hipótese que não foi descartada por ninguém”.

Vítor Pereira vinca que esta é uma estrutura necessária para a região, colocando o “assento tónico” na função que pode desempenhar na “ajuda ao escoamento de produtos frutícolas”, como a cereja e o pêssego, reforçando que no local em estudo “há uma rede de frio em forte expansão”. Por outro lado terá um papel fundamental “no combate aos incêndios” e na “utilização como campo de experimentação ao curso de aeronáutica da UBI”.