A Fitecom, produtora de lanifícios sediada no Parque Industrial do Tortosendo, prepara-se para implementar o projeto de uma nova ETAR, que vai permitir recuperar água e reduzir ainda mais o consumo de água da empresa nos processos de acabamento de tecidos.
A informação foi avançada pelo CEO da Fitecom, João Carvalho, ao Jornal Têxtil. O mesmo revela que o projeto está já em fase avançada de estudo, não estando ainda implementado devido à pandemia.
Quando estiver pronto, irá permitir recuperar “cerca de 60% da água dos efluentes da tinturaria e ultimação”, garante.
Neste momento, a Fitecom já recupera as águas dos serviços de aquecimento e arrefecimento, bem como as dos últimos enxaguamentos, com as quais faz os primeiros enxaguamentos. “Tudo isso é recuperado desde sempre, praticamente. Agora vamos recuperar águas de processo, descolorá-las e voltar a usar”, elucida o CEO.
Segundo João Carvalho, com um consumo que ronda os 600 mil litros por dia, o objetivo será “reduzir para os 250 mil litros de água por dia”.
Além da ETAR, a Fitecom vai investir também num parque fotovoltaico que “alimentará, durante o dia, cerca de 80% das nossas necessidades de energia”. O CEO frisa que também este parque atrasou devido à pandemia e às suas consequências.
Em conjunto, os dois projetos implicam um investimento na ordem dos dois milhões de euros.