A Assembleia Municipal da Covilhã aprovou, por unanimidade, uma moção em que exige ao governo a conclusão do IC6, nomeadamente a ligação desde o nó da Folhadosa até à A23 na região do Tortosendo.
No documento, proposto pelo Grupo Municipal do PCP, explica-se que este Itinerário permite “a ligação da Beira Litoral à Beira Interior, à Cova da Beira e zona da Raia” e “é uma justa pretensão das populações do Interior, com mais de 75 anos, que a EN 230 e atuais traçados da A25 e A23 não resolveram”.
Sustentando que “a coesão territorial também se faz com a implantação de infraestruturas de mobilidade”, o documento descreve ainda que esta ligação permite “acesso aos serviços de saúde, educação e reduzir custos na circulação de pessoas, bens e mercadorias”. “É tempo de o governo dar resposta às necessidades das populações, sem desculpas, e deixar de estar à espera da «primeira oportunidade»”, para concretizar a obra como “afirmava o Ministro Pedro Nuno Santos em 2021”.
Recorda-se ainda que em setembro de 2021 foram anunciadas as obras para o troço Tábua – nó da Folhadosa, mas, de acordo com a resolução do Conselho de Ministros de 3 de maio de 2021, as obras para este troço só têm cobertura financeira a partir de 2024, até 2026, num total de 38 milhões de euros, com afetação de verbas nacionais provenientes do leilão de 5G e do programa 2030, frisando que a ligação até à Covilhã “continua com data indefinida”
“O IC6 não consta dos investimentos previstos no âmbito do PRR, nem em qualquer financiamento nacional” é ainda destacado.
Na moção aprovada a Assembleia Municipal da Covilhã refirma a importância da obra “para acesso da população a serviços de saúde, e diminuições de custos nas deslocações de pessoas, bens e mercadorias” e “recomenda” à Câmara da Covilhã, que em ação conjunta com as autarquias da Cova da Beira, “exija do governo a conclusão da obra”.