“Não temos que ter medo de jogar em casa”, começou por afirmar Leonel Pontes aos jornalistas, após a segunda derrota caseira do Sporting da Covilhã. O treinador fala no tempo que precisa para adaptar 15 elementos novos, jovens e de várias nacionalidades, mas avisa que se for preciso mudar, tem até dia 31 para tomar decisões.
Leonel Pontes apela à calma, frisa que há 15 jogadores novos no plantel e “leva o seu tempo” construir o coletivo. “Há momentos em que, coletivamente, pode correr bem e às vezes corre muito mal”, disse, referindo que “há muitos jogadores novos, muito jovens, atletas de muitas nacionalidades, isto é o preço deste recrutamento, assumo essa responsabilidade porque fomos nós que escolhemos e não deitamos a toalha ao chão, mas temos até dia 31 para tomar decisões e não temos medo de as tomar. Temos é que defender a equipa e o Sporting da Covilhã. Se houver necessidade de mudar mudamos”, avisou.
Na sala de imprensa, o técnico dos leões da serra frisou que a derrota por 2-0 frente ao Penafiel foi um “balde de água fria” nas aspirações do grupo que queria vencer frente ao seu público, considerando que o resultado foi “penalizador”. “A nossa casa é o nosso castelo e nós temos que ganhar junto dos covilhanenses”, disse o treinador apelando ao apoio dos adeptos.
Na sua leitura do jogo, Leonel Pontes considera que o Sporting da Covilhã devia, e podia, ter marcado antes do Penafiel, não o conseguiu e depois de sofrer o golo a equipa “tentou reagir, mas mais com o coração do que com a cabeça”. Destaca que na segunda parte tentou “de tudo para chegar ao golo”. Mudou o sistema, mudou os alas e colocou mais um ponta de lança, descreve o treinador.
Para Leonel Pontes a perda de tempo do adversário foi a nota dominante. “Foi uma vergonha o que se passou”, disse, criticando também o tempo de compensação dado pelo juiz da partida.
“É diferente estar a perder por 1-0 e ver uma placa com 10 minutos ou com 5. Com 10 minutos ainda há uma esperança muito grande em lá chegar e quando estávamos a tentar chegar ao empate acabámos por sofrer o 2-0, por estar a tentar mais com o coração que com a cabeça”, lamentou.
Leonel Pontes admite que até pode “mudar a sua forma de jogar”, mas sem abdicar dos princípios, e também “mudar alguns jogadores e dar oportunidade a outros que ainda não entraram. É uma questão de rendimento”, concluiu.