Fundão: Câmara realojou trabalhadores timorenses que viviam em situação precária

Depois de se ter tornado pública a informação de que um grupo de cerca de 70 trabalhadores agrícolas timorenses estavam a viver em condições precárias numa antiga discoteca na zona de Alcaria, a Câmara Municipal do Fundão denunciou o caso às autoridades e realojou 45 pessoas no Centro de Migrações do Fundão, um espaço criado pelo município para acolher trabalhadores temporários, disse à agência Lusa o presidente daquele município, Paulo Fernandes.

O autarca referiu que os restantes elementos não precisaram de ser realojados porque já tinham encontrado soluções por outra via, nomeadamente com emprego noutras empresas agrícolas.


Segundo Paulo Fernandes, o município atuou de imediato, após ter sido identificado o local e terem verificado que “não tinha as mínimas condições para receber este conjunto de pessoas”.

De acordo com a informação que já foi possível recolher até ao momento, o grupo, composto maioritariamente por homens, terá sido levado por um patrão paquistanês para o Fundão com a promessa de trabalharem na agricultura, no entanto os contratos de trabalho não estariam a ser respeitados e a maioria dos trabalhadores nem sequer estaria a trabalhar, além de que cada elemento estaria a pagar 100€ para viver nesta casa sem condições, segundo avançou a SIC.

A par com a operação de realojamento, o Município do Fundão também apresentou imediatamente uma denúncia às entidades competentes, nomeadamente à GNR, ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), à Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) e também deu conta da situação ao Alto Comissariado para as Migrações.