O orçamento da Câmara Municipal da Covilhã para 2023 foi hoje aprovado por maioria, com a abstenção da coligação “Juntos Fazemos Melhor”. O orçamento do município apresenta um valor de 47,3 milhões de euros, o que representa um aumento de 1,1 milhões relativamente ao ano anterior.
Para Vítor Pereira, presidente da autarquia, o orçamento “é ambicioso e adequado aos tempos que vivemos, permitindo fazer uma gestão financeira sustentável, responsável e rigorosa”, avançou aos jornalistas no final da reunião privada do executivo, de carácter extraordinário.
Pedro Farromba, em nome da coligação “Juntos Fazemos Melhor”, classificou o documento como “pobrezinho em termos de projetos essenciais ao futuro e no que toca a qualquer definição estratégica para o concelho”.
Como resposta à crítica feita pela coligação, Vítor Pereira realçou que, “com esta gestão, é possível fazer face, não só às despesas correntes, como também às despesas de carácter extraordinário”, reconhecendo que “são estes os motivos que irritam a oposição”.
O documento prevê que sejam criados mais 152 postos de trabalho, criando um quadro de pessoal de 821 funcionários, o que, de acordo com a oposição, “representa mais de 40% do total de execução orçamental de 2023”.
Relativamente à conclusão da oposição, Vítor Pereira afirma que “é pura demagogia” e vinca que as despesas com a criação de postos de trabalho se fixam nos 29,72%.
De acordo com Vítor Pereira, o investimento global que está previsto ronda um montante de 16,5 milhões de euros, distribuídos pelos vários setores de atuação municipal.
Na área da educação, a coligação “Juntos Fazemos Melhor” sublinha que este setor “volta a ter o mesmo orçamento que no ano anterior, continuando a ser o parente pobre da política municipal”.
Questionado sobre este tema, o presidente da autarquia reconhece que as Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC) “não estão a funcionar de forma perfeita” e que “poderão existir lacunas pontuais”, realçando, no entanto, que “estão a funcionar melhor que nos anos transatos”.
Ainda sobre esta crítica, Vítor Pereira disse não alimentar “polémicas artificiais”.
Durante o seu discurso, Pedro Farromba afirmou, ainda, que a proposta relativa aos transportes escolares gratuitos para o ensino obrigatório não está inscrita no orçamento.
Sublinhando que a proposta consta no documento, o autarca do município frisa que “por maldade, ignorância ou falta de trabalho, não veem o que está no orçamento”.
A intervenção na rede rodoviária municipal está igualmente inscrita nos planos para 2023, com destaque para a requalificação da estrada entre Unhais da Serra e o cruzamento da Nave de Santos António, bem como para a realização de obras na ligação entre o Paul e Cortes de Baixo, na ligação entre Casegas e Ourondo ou ainda o melhoramento do cruzamento da Boidobra.
Em última nota, Vítor Pereira afirmou que este é um orçamento “amigo das empresas, famílias e IPSS”, acrescentando que as medidas apresentadas têm como objetivo “fixar pessoas no concelho”.
A reunião extraordinária da Câmara Municipal da Covilhã teve lugar hoje, dia 31.