Freguesia da Covilhã e Canhoso reclama mais bairros incluídos em Área de Reabilitação Urbana

A Assembleia Municipal da Covilhã aprovou, na reunião do órgão de dia 26, o alargamento da Área de Reabilitação Urbana, ARU, na cidade, mas deixou de fora dois bairros que a União de Freguesias da Covilhã e Canhoso considera prioritários, o Bairro da Biquinha e o Bairro Municipal.

Uma pretensão que a União de Freguesias fez chegar ao município, durante a fase de consulta pública dos documentos, mas que não foi atendida.


O tema voltou a ser debatido na reunião da Assembleia de Freguesia.

Uma matéria que une a oposição e a maioria, considerando que tal “prejudica os habitantes destes bairros” que não têm ao seus dispor os mesmos mecanismos de apoio para reabilitarem as suas habitações, que estão degradadas, foi dito durante a assembleia de freguesia.

Luís Dias (Juntos Fazemos Melhor), fez notar o “desacordo e desagrado” pelo facto de a Câmara Municipal não ter em linha de conta as propostas da Junta de Freguesia, vincando que “se continua a assistir a uma difícil comunicação entre a Junta da Covilhã e Canhoso e a Câmara Municipal”.

Também Miguel Fiadeiro (CDU) reforçou esta pretensão da freguesia, que “temos que defender”, disse.  Concluiu que “tem que se melhorar a relação com o município”, caso contrário “ficamos passivos de situações que não levam a lado nenhum”, disse.

Recordando que as Áreas de Reabilitação Urbana, devidamente delimitadas, permitem um conjunto alargado de benefícios fiscais e acesso a apoios financeiros para a recuperação urbana, o presidente de junta, Carlos Martins, afirma que é por falta deste instrumento que “grande parte da cidade está abandonada”, vincando que “não pode haver ARU para uns e para outros não”.

O autarca fala no Bairro do Rodrigo, Penedos Altos, Biquinha e Bairro Municipal que “têm casas construídas na década de 40”, que precisam de intervenção.

Carlos Martins defende que as sugestões feitas pelo seu executivo durante o período de consulta pública da proposta de ARU “obedeciam aos critérios estabelecidos”, frisando que a não inclusão é “uma decisão política, ou pessoal”.

“Querem que as casas nestes bairros continuem degradadas”, afirmou.

Recordar que a nova delimitação da ARU do centro urbano da Covilhã foi aprovada na reunião da Assembleia Municipal da Covilhã. Um alargamento que visa abranger a área que inclui a rua Morais do Convento, desde a Rotunda do Rato até ao Polo II da UBI, e parte da Quinta de Santo António, que inclui a denominada Torre de Santo António, com vista a um possível investimento para a sua reabilitação, bem como para a reabilitação de edifícios da UBI e do monumento a Nossa Senhora, foi explicado.

O documento foi aprovado com 11 abstenções, do PSD, CDS e PCP, entre outros motivos, por não incluir as pretensões da União de Freguesias da Covilhã e Canhoso.