Oposição faz balanço negativo de mais um ano de mandato socialista na CMC

A completar um ano de mandato do novo executivo liderado pelo PS na Covilhã, os vereadores da oposição na Câmara Municipal afirmam, em nota enviada aos jornalistas, que este “foi mais um ano de oportunidades perdidas para a Covilhã”, tecendo duras críticas à gestão socialista.

“Um aniversário que fica mais uma vez marcado pelas oportunidades desperdiçadas e pelo tardar do despertar da letargia em que o concelho tem estado mergulhado desde 2013”, pode ler-se no documento.


Como pontos positivos, dão nota das obras na sede do Grupo Humanitário de Dadores de Sangue da Covilhã e a concretização da mudança da Associação Instinto para a nova sede. “Quanto ao resto, pouco ou nada mudou”, realçam os vereadores eleitos pela coligação “Juntos Fazemos Melhor”.

Afirmam que a maioria PS continua o “rumo de completo desnorte e sem concretizar as promessas que, sistematicamente, tem vindo a fazer às populações do nosso concelho”.

Assinalam neste ponto os casos do “pavilhão do Inatel, que continua por requalificar, o complexo desportivo que está abandonado, o mercado municipal foi deixado ao abandono, as propaladas ciclovias já mal se notam pintadas no pavimento, as bicicletas elétricas continuam guardadas nos armazéns da Câmara, os investimentos anunciados para as freguesias continuam por cumprir, os acessos à escola de São Domingos continuam por melhorar, a ligação entre o Tortosendo e o Casal da Serra, prometida em 2017, mas que nunca passou do papel”.

As transmissões online das reuniões públicas da Câmara e também da Assembleia Municipal, que continuam adiadas, é outro dos pontos criticados.

Pedro Farromba, Ricardo Silva e Marta Alçada BomJesus, vereadores que assinam a nota de imprensa, reafirmam o “autêntico desastre” que foi a preparação do ano letivo, dando o exemplo das AEC para afirmar que “nem ao nível da descentralização de competências este município conseguiu criar mais valias para apoiar os alunos e as famílias do nosso concelho”.

A coligação afirma, ainda, que “novos investimentos, capazes de criar emprego e fixar pessoas são uma miragem”, vincando que “a requalificação do parque industrial do Canhoso e a terceira fase da zona industrial do Tortosendo continuam por fazer e o centro histórico continua abandonado”.

“A voz do PS da Covilhã não chega aos órgãos de decisão nacionais”, está ainda descrito na nota, dando o exemplo do que é defendido localmente, como a abolição das portagens ou a posição sobre a exploração de lítio na Argemela.