A Plataforma P´la Reposição das SCUT’s na A23 e A25 aprovou ontem, em conselho-geral, as medidas a levar a efeito como forma de “pressionar” os partidos políticos, e o Governo, para a necessária alteração da proposta do Orçamento do Estado para 2023 com a introdução da abolição de portagens.
No final da reunião, Luís Garra disse aos jornalistas que as medidas aprovadas incluem a continuação da recolha de assinaturas no manifesto pela abolição, que vai nos 5.000 subscritores, buzinões, no dia 7 de novembro, e uma marcha lenta, dia 18, com partida de vários locais da Beira Interior a confluir para o Fundão.
“Escolhemos o dia 7 para o buzinão, por ser antes de terminar o prazo dos partidos políticos apresentarem propostas de alterações ao Orçamento do Estado e serve de alerta, ou pressão, aos partidos para que cumpram o seu papel de apresentar propostas na discussão na especialidade”, disse Luís Garra, avançando que estes terão lugar, pelo menos, na Covilhã, Fundão, Castelo Branco, Guarda, Seia e Vilar Formoso.
Aos que dizem que a Plataforma utiliza as mesmas formas de luta do passado, responde que “não há problema em repetir o que correu bem”, recordando uma iniciativa semelhante em 2020 e que foi “poderosa”.
Sobre as declarações da Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, que garantiu que haverá redução nas Portagens do Interior em 2023. Avança que a plataforma tem o compromisso do Governo que “qualquer medida será discutida com a Plataforma” pelo que aguardam uma reunião. Um facto que “não é impeditivo de continuar a luta pela abolição”, sustentou o responsável.
Garra explica ainda que esta é fase de luta no âmbito do orçamento, o que não impede que “o tema se esgote aqui”, uma vez que o Governo pode, mesmo após este processo legislativo, através de portaria, decidir sobre esta matéria.
Realça que a plataforma encara esta luta como uma “corrida de fundo” e já mostrou, ao longo de seis anos, que “não são vencidos pelo cansaço”.
“Se pensam que nos vencem pelo cansaço estão enganados, somos mesmo bons na resistência, e mesmo que não se resolva com este Governo, e estou convencido que vai ser resolvido, se tivesse que ser com os governos a seguir, mesmo que tivesse que andar aqui de bengala, é garantido que cá estaríamos”.
Recordar que a plataforma integra a União dos Sindicatos de Castelo Branco e a da Guarda, a Comissão de Utentes da A23 e a da A25, a Associação Empresarial da Beira Baixa, o Núcleo Empresarial da Região da Guarda e a Associação de Empresários pela Subsistência do Interior.
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