A Universidade da Beira Interior lançou a medalha “Dr. Duarte Simões” para homenagear aquele que, “como membro do designado Grupo da Cova da Beira”, nos anos 70, “desenhou a estratégia para a criação do ensino superior na Beira Interior”, frisou o reitor, Mário Raposo, durante a cerimónia solene de abertura do ano académico.
É o reconhecimento de “uma vida dedicada ao serviço público”, disse Elisa Pinheiro, fundadora do Museu de Lanifícios da UBI, que proferiu a evocação, afirmando que este foi o responsável pelo sucesso da estratégia do Grupo de Trabalho da Cova da Beira, que veio a culminar na criação do Instituto Politécnico da Covilhã, de que foi o primeiro presidente.
Mário Raposo, reitor da UBI, no momento de entregar a Ascensão Simões, viúva de Duarte Simões, a medalha número um da coleção, disse que esta é a forma de mostrar “merecido reconhecimento” ao trabalho de Duarte Simões.
Confidenciou que foi aluno de Duarte Simões, na Escola Campos Melo, afirmando que a “gema de puxar pela universidade” se deve ao que aprendeu com ele.
Ascensão Simões mostrou, em seu nome e da família, “profundo reconhecimento pela homenagem”. Na sua intervenção relembrou também outras vertentes para além do académico.
“Quero evocar o homem do sentir, das emoções e dos nobres ideais, o poeta, o alter ego Álvaro Duarte”, disse, terminando com a leitura de dois poemas.
Ascensão Simões agradeceu, ainda, a todos os que contribuíram para esta homenagem.
Dizer que a medalha número 1 foi entregue à viúva de Duarte Simões, a 2 fica com a UBI. A universidade entregou ainda mais 3 medalhas, uma a cada uma das filhas, estando agora as restantes da coleção à venda.
Nesta homenagem foi ainda preparada uma exposição biográfica, com uma resenha de documentos que ilustram o seu percurso de vida e a sua obra, com curadoria de Francisco Geraldes, e que está patente no Museu de Lanifícios.