Dia de luta contra as portagens. Buzinas fizeram-se ouvir em toda a região

As ações de sensibilização para a luta contra as portagens que hoje decorreram ao longo de todo o dia, em vários locais da região, tiveram uma adesão “significativa”, disse, em declarações à Rádio Clube da Covilhã, Luís Garra, que integra a Plataforma P’la Reposição das SCUTs.

Durante a manhã decorreram ações em Seia, no Fundão e Vilar Formoso. Já ao final da tarde o protesto chegou à rotunda do Hotel Pura Lã, na Covilhã e também a Castelo Branco (rotunda Europa) e à Guarda (rotunda frente à central de camionagem), e em todos os locais os automobilistas “se fizeram ouvir”, declara Luís Garra.


Estas são ações “simbólicas de sensibilização” para relembrar que no Orçamento do Estado não está nada inscrito sobre esta matéria, e também para vincar a posição defendida pela Plataforma, que vai no sentido da suspensão imediata do pagamento e da abolição no início de 2023.

“Nesta altura já devia estar suspenso este pagamento. O aumento do custo de vida, dos combustíveis, gás, energia, dos bens de primeira necessidade está a criar sérios problemas à atividade económica, aos trabalhadores e às famílias”. afirmou.

Sobre as recentes declarações de Ana Abrunhosa, ministra da Coesão Territorial que apontam no sentido de uma redução do valor a pagar no primeiro trimestre do próximo ano, Luís Garra contrapõe que “isso era o que a Plataforma defendia há seis anos. Importa ver a diferença, a senhora Ministra fala em redução, nós defendemos a abolição”.

A Plataforma P’la Reposição das SCUTs tem em agenda outras ações de protesto, nomeadamente marchas lentas, ainda durante a discussão do Orçamento do Estado na especialidade. No entanto os responsáveis alertam que se não acontecer a abolição por esta via, “a luta irá continuar porque no interior não há alternativas”.

“Não há alternativas em termos de estradas, de transporte ferroviário, ou em transportes públicos intermunicipais. A abolição de portagens é uma medida de bom senso económico e de bom senso social”, conclui Luís Garra.