Mercado Municipal: Maioria e oposição concordam com necessidade de obras, mas tema gera discussão

A oposição na Câmara Municipal da Covilhã reclama uma “intervenção profunda” para requalificação do Mercado Municipal da Covilhã para assim melhorar as condições para o público e vendedores.  Vítor Pereira concorda com a necessidade de obras e frisa que o município está a preparar o projeto de intervenção, criticando opções do passado.

O assunto esteve em discussão na reunião publica da Câmara Municipal da Covilhã que decorreu esta sexta-feira de manhã.


Ricardo Silva (Juntos Fazemos Melhor), disse que “ver o estado a que o Mercado chegou deixa-nos desagradados”, pedindo uma “intervenção profunda”, para que o mercado possa ser um local onde o comércio de produtos locais seja uma realidade.

O vereador destaca ainda que com esta intervenção se pode dar mais movimento ao Centro Histórico.

Vítor Pereira, presidente da autarquia, responde que esta não é uma preocupação nova na sua gestão autárquica. Explica que “está a procurar as melhores soluções, percorrendo vários mercados a nível nacional” para “melhorar o espaço físico” e a imagem, para que haja “outros motivos que levem as pessoas ao mercado, como por exemplo tomar café e comprar, não só as coisas que lá se encontram neste momento, mas algo diferente”, explicou.

O autarca recorda ainda que, em 2013, quando chegou à autarquia, foi feita uma intervenção no espaço porque “o que lá estava era um pardieiro”, disse. Reconhece que o objetivo dessa intervenção “não foi 100% atingido”, uma vez que se chega à conclusão que foi insuficiente, reconhecendo que é preciso nova intervenção.

Ainda sobre esta matéria o autarca criticou a opção de colocar no último piso a empresa que ali se encontra, quando o edifício deveria estar dedicado para o fim para o qual foi criado, defendeu Vítor Pereira, apontando o dedo ao atual vereador da oposição, Pedro Farromba, que na época era vice-presidente.

“Se a empresa que está no último andar quisesse fazia prevalecer os direitos que tem num contrato de arrendamento celebrado e que implicava a saída imediata de todos os comerciantes que lá estão”, disse.

“Lamento que a vossa bancada não se penitencie por isso, é que o líder do vosso movimento era vereador e vice-presidente da Câmara quando isto aconteceu e eu não deixo que passe impunemente, entre os pingos da chuva. Se calhar é por isso que ele não está aqui hoje para falar sobre o Mercado Municipal”. “Para se falar sobre as coisas é preciso ter autoridade moral, ética e política”, disse.

Uma intervenção que levou Marta Alçada Bom Jesus a interromper, justificando a ausência de Pedro Farromba, considerando que o presidente “não pode dizer o que disse porque ele não está cá para se defender”. O motivo da ausência levou Vítor Pereira a retratar-se pela afirmação, avançando que só o fez porque o vereador pode responder na próxima reunião.