A Câmara Municipal da Covilhã, em parceria com a Associação Empresarial da Covilhã, Belmonte e Penamacor (AECBP), lidera uma candidatura ao programa “Bairros Digitais”, no âmbito do PRR, Plano de Recuperação e Resiliência, com vista à modernização do comércio local.
O anúncio foi feito durante a conferência de imprensa de apresentação da campanha de Natal da AECBP, em que participou José Miguel Oliveira, vereador da CMC.
O autarca vinca que “está muito esperançado” no sucesso da candidatura, especificando que o investimento no comércio tradicional será de 1M e 70 mil euros, para a sua modernização, o que ira permitir “uma mudança de paradigma”, intervindo-se, inclusivamente, nos próprios bairros.
João Marques, presidente da direção da Associação Empresarial frisou que “há uma pré-avaliação positiva”, referindo que este investimento “será muito importante para a digitalização e capacitação” deste comércio.
Em paralelo o dirigente explica que a AECBP tem a decorrer uma candidatura, com o Conselho Empresarial do Centro, para apoio à digitalização de empresas, que poderá chegar às 150.
“São passos fundamentais, porque a diferenciação do produto deve estar acompanhada com a modernidade, olhar para além da venda presencial na loja, apostando na venda on-line”, especificou.
Nesta área João Marques esclarece que a Associação Empresarial está a trabalhar na plataforma “Compras na Covilhã”, para que seja utilizada e se aproveite “todo o potencial que tem”.
“Pretendemos atualiza-la e precisamos destes apoios para dar competências aos empresários e capacita-los a utilizar este tipo de ferramentas”, disse
O responsável explica ainda que se pretende que a digitalização neste setor seja vista “como uma oportunidade” e não como “um problema ou uma ameaça”.
Para além desta componente de modernização, o presidente da Associação Empresarial disse que os órgãos sociais estão a trabalhar “na identificação dos pontos que se podem melhorar”, e avança que os horários é um desses fatores.
“temos que melhorar a adequação da oferta de produtos aos covilhanenses, que visitam as lojas todos os dias, mas também aos milhares de pessoas que nos visitam, tal como temos que adequar, a médio e longo prazo, se não puder ser a curto, o horário de funcionamento dessas lojas. Se as pessoas têm um horário de trabalho, não interessa ter lojas abertas no período em que as pessoas não podem vir à loja. É preciso mudar a mentalidade do comércio local”, disse.