Zêzere como elo da Covilhã, Manteigas, Belmonte e Fundão mostrado em fotos

A apresentação da obra fotográfica “Z de Zêzere” foi a última ação do projeto “Este Zêzere que nos Une”, liderado para Câmara Municipal da Covilhã e que desde 2020 estava no terreno com ações culturais, para potenciar e chamar a atenção para a preservação deste curso de água que é elemento agregador dos municípios de Manteigas, Belmonte, Covilhã e Fundão.

Para a terceira ação do projeto, “O Zêzere em Fotografia”, os municípios foram desafiados a escolher fotógrafos dos seus territórios, que pela sua lente, mostram o que de mais belo encontraram no trajeto do rio. Fotografias que deram origem ao livro “Z de Zêzere”.


João Pedro Dias, José Batista Barroso, Leonardo Rosa, Tiago Pinheira e Vítor Lubave são os autores das mais de 200 fotografias que compõem a obra, marcada pela composição, luz, contrastes, cores, registos e expressões com que cada um vê este rio.

Um projeto que tinha “as artes e a cultura como matéria essencial”, e que Regina Gouveia, vereadora da Câmara Municipal da Covilhã, espera que não “fique por aqui” e que cada município valorize os elementos que deixa nos seus territórios, como “marcas turísticas e culturais”.

A autarca disse, na sessão de apresentação do livro, que “sendo este um projeto financiado no âmbito da cultura para colocar as artes na linha da preservação do património natural, conseguiu concretizar os objetivos a que se propôs”, vincando que “ficam evidências muito importantes, que são elementos que se podem colocar noutros espaços, melhorando a comunicação dos territórios”.

De referir que o projeto começou em 2020, e teve três ações programáticas, designadamente “As Artes em Diálogo com o Zêzere”, que incluiu a realização de espetáculos de música, dança, teatro e artes performativas, durante o ano de 2021.

“O Zêzere, os Plásticos e as Artes Plásticas” que visou alertar para as questões ambientais e para a poluição, através de uma residência artística de Pedro Leitão, que reutilizou lixo recolhido no Zêzere ou nas zonas envolventes dos quatro municípios e criou quatro esculturas, uma em cada um deles.

E, por último, “O Zêzere em Fotografia”, que consistiu na participação de fotógrafos de referência em projetos sobre o rio, com a realização de exposições, “masterclasses”, workshops e passeios fotográficos abertos à comunidade, culminando com o lançamento da obra fotográfica.

Em última nota Regina Gouveia desafiou o Geoparque Estrela a realizar percursos na próxima primavera que incluam os locais assinalados pelo projeto.

Está ainda em estudo a possibilidade da realização de exposições fotográficas com as obras que compõem este livro.