CHUCB advertido por demorar 36 horas a comunicar óbito à família

O Hospital Pêro da Covilhã foi instruído, pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS), a garantir a comunicação com familiares de utentes, depois de uma pessoa ter reclamado que foi notificada da morte da mãe 36 horas após o óbito.

De acordo com a agência Lusa, no documento das deliberações publicadas ontem, dia 20, na sua página de internet, a ERS dá nota de uma reclamação em que um homem afirma que a família da utente, que estava no Hospital Pêro da Covilhã (pertencente ao Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira (CHUCB), “apenas foi notificada do óbito 36 horas depois da sua ocorrência”.


Em resposta à reclamação, o CHUCB reconhece “falhas na comunicação em diferentes fases do processo, que colmataram com a evidente deficiência de contacto com o familiar”.

“Efetivamente, aquando da comunicação do familiar na hora da visita, e uma vez que não se encontrava registado o contacto nem nome do familiar da doente, não se fez reencaminhamento para a enfermaria de modo a ser informado do óbito, como seria obrigatório”, notou o CHUCB em informação avançada pela Lusa.

Por outro lado, referiu, “como o registo de contacto existente no processo se referia ao lar, instituição da qual provinha a utente, não foi realizada pela médica assistente a referida comunicação com a família direta, aquando da mudança de turno, na manhã do óbito, o que está incorreto e não de acordo com o procedimento interno que regula os óbitos”.

Nesse sentido, a ERS emitiu uma instrução ao CHUCB para “garantir, em permanência, que os acompanhantes são devidamente informados, em tempo razoável, sobre a situação do doente nas diferentes fases do atendimento, garantindo especial cuidado, celeridade e correção na comunicação de informação sensível, como a de óbito de um familiar”.

A entidade reguladora defende, ainda, que a entidade tem de garantir “que os procedimentos sejam corretamente seguidos e respeitados por todos os seus trabalhadores e/ou prestadores de serviços”.