Quercus alerta para a destruição de áreas naturais no Fundão

A associação ambientalista Quercus alerta, em comunicado, para a destruição de áreas naturais nos concelhos do Fundão e de Castelo Branco, para a instalação de centrais solares fotovoltaicas, que estão a afetar a biodiversidade.

A associação descreve que a construção de novas centrais solares fotovoltaicas estão a afetar a biodiversidade, “nomeadamente uma colónia de cegonhas-brancas num bosquete de carvalho-negral e o habitat numa zona de nidificação de um casal de águia-imperial-ibérica, uma das espécies de águias mais ameaçadas do mundo”.


Um dos casos denunciados pelos ambientalistas diz respeito à destruição de carvalhal-negral (Quercus pyrenaica) e uma colónia de cegonhas-brancas (Ciconia ciconia), no Fundão, junto da autoestrada 23 (A23), num terreno propriedade da Santa Casa da Misericórdia local.

“Os carvalhais Galaico portugueses de Quercus robur e Quercus pyrenaica, tem interesse para conservação, contudo, as obras avançaram no terreno com mobilização e os bosquetes de carvalhal já foram praticamente todos arrasados”, frisa o comunicado.

“Não existe afixado no terreno nenhum aviso de licenciamento, pelo que poderá decorrer da simplificação regulamentar do setor, a qual é lesiva do cumprimento integral da legislação aplicável”, refere ainda a nota.

Dizem ainda ter conhecimento da existência de um pedido de corte de 40 carvalhos no ICNF, “com 40 ninhos de cegonha-branca”.

Um outro caso que envolve a Águia-imperial-ibérica (Aquila adalberti) localizado próximo do aeródromo de Castelo Branco: “já destruíram todo o habitat, restando apenas algumas azinheiras dispersas”, frisa a Quercus.