O programa de intervenção comunitária em pedopsiquiatria do Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira começou por ser um programa piloto, sendo a Cova da Beira primeira a receber um serviço desta natureza, e está a afirmar-se querendo novos programas para o futuro.
Este foi um dos programas evocados durante as celebrações dos 23 do CHUCB, dada a sua relevância na comunidade.
Ana Margarida Moreira, Pedopsiquiatra do serviço, sublinhou que o programa foi criado em 2020, e logo de seguida surgiu a pandemia, o que obrigou “a um esforço hercúleo para a sua implementação” já que é implementado na comunidade e não em ambiente hospitalar sublinhou a responsável.
Vinca que os objetivos do projeto são “a resposta de proximidade focada na prevenção”, frisa que o programa se desenvolve com enfoque em atividades nos centros de saúde de Belmonte e Fundão.
Entre maio de 2021 a agosto de 2022 foram encaminhados para estas profissionais 59 casos, 21 com alta e os restantes ainda em acompanhamento, dos 17 aos 2 anos de idade, descreveu.
Os comportamentos autolesivos na adolescência merecem especial cuidado, tendo já sido realizadas diversas formações em escolas sobre esta matéria.
Para o futuro a equipa pretende implementar na região os programas “Be a Man”, “Brilho da Mente” e o “+Contigo”.
É também este serviço que dinamiza a semana do bebé, que já existe há 16 anos, sublinha Paula Correia, pedopsiquiatra responsável pelo projeto.
Prevenção é também o principal objetivo desta realização, que inclui palestras e debates, sublinhou, descrevendo o projeto em rede que tem como objetivo sensibilizar a comunidade para a promoção da saúde nos primeiros anos de vida.
Um projeto que já ganhou dois prémios internacionais, “Prémio Bebezito”, em 2012, em Canela e em 2017, em Belém do Pará, foi premiada pela UNICEF por ser a primeira semana europeia do bebé.