“Honrar o legado da casa azul”, promessa de Pedro Jacinto na tomada de posse da AAUBI

Pedro Jacinto e a sua equipa, perante o auditório das sessões solenes cheio, assumiram o mandato à frente da Associação Académica da UBI, AAUBI, para o qual foram eleitos em dezembro, prometendo continuar a “honrar os 34 anos de história e o legado da ‘casa azul’”.

“Hoje assinala-se um novo ciclo na AAUBI. Apresentamos uma equipa renovada, com sangue novo, e com muita vontade de continuar a honrar os 34 anos de história e o legado da casa azul”, disse o Pedro Jacinto, após tomar posse no cargo de presidente.


O jovem estudante, no seu discurso, agradeceu o trabalho de todos os que o antecederam no lugar, em especial Ricardo Nora, atual presidente da Federação Académica do Desporto Universitário, e que nos últimos 3 mandatos foi líder da academia ubiana.

Renovou, perante os colegas, “o compromisso” de corresponder às espectativas que conquistou ao vencer “as eleições mais concorridas de sempre para a academia”, recordando que havia 4 listas inscritas.

Um caminho que quer percorrer “lado a lado com todos os estudantes”, tornando a associação “cada vez mais próxima dos alunos e sempre com os olhos postos no futuro”, disse.

“Não queremos ser diferentes, queremos continuar a escrever a história marcante da casa azul, uma história de luta pelo suprimento de todas as necessidades básicas dos estudantes, pelos direitos e equidade de oportunidades, independentemente da sua condição social e económica, esta é a nossa ambição”, garantiu.

“Uma voz reivindicativa que não poder ser ouvida só na universidade”, foi o recado deixado pelo reitor, Mário Raposo.

Recordando que recentemente a OCDE reconheceu o subfinanciamento crónico da UBI, pediu que o novo presidente use a sua voz para lutar contra esta “injustiça”.

“Entre 2009 e 2021 a UBI foi a universidade menos financiada, não é justo que um aluno da UBI seja menos financiado que um do mesmo curso de Coimbra, Lisboa, Porto ou em outra universidade. Peço que esta voz não seja só do reitor, mas também dos estudantes, de um justo financiamento para a UBI”, disse.

Pese embora a falta e financiamento o reitor garantiu que, sob a sua gestão, a UBI irá continuar a melhorar as condições para os alunos, referindo as obras nas residências, a solução, em breve, para a questão das cantinas em especial para ciências no desporto e a remodelação dos pavilhões desportivos.

O subfinanciamento foi também tema a que Hélio Fazendeiro, chefe de gabinete de Vítor Pereira que usou da palavra em representação da autarquia, deu eco, vincando que nesta matéria a universidade tem total “solidariedade do executivo”, afirmando que esta tem sido “uma batalha junto do Governo” e deve ser “uma batalha de todos enquanto a justiça não for reposta”.

Aos novos elementos recordou que a AAUBI é a associação “mais representativa do concelho, com mais atividade e mais associados, com um impacto na vida dos estudantes, mas também na da comunidade”. Um reconhecimento que a autarquia faz apoiando as suas atividades, disse, relembrando os contrato-programa de financiamento de atividades e a gratuitidade dos passes para os alunos que estejam oficialmente a residir na Covilhã e os 25% de desconto para os restantes.

Frisando que o ‘campus académico’ da UBI é a própria cidade, afirma que “os problemas da universidade são os problemas da cidade, e os da cidade são os da UBI, o que cria um ambiente académico único na Covilhã, cidade que fica no coração de cada ubinano”, sublinhou

Ricardo Nora reforçou o importante papel da AAUBI na vida associativa e desportiva do concelho, questionando “o que seria da cidade e da UBI sem a AAUBI, e o que seria do desporto na região sem a AAUBI? Já há muito tempo que a AAUBI deixou de ser uma mera comissão de festas. Somos uma associação que sabe e assume a sua responsabilidade e o papel que tem na construção desta comunidade, que tão bem acolhe e apaixona quem cá chega”, aconselhando que “tem de se pensar a fundo sobre a estratégia que deve ser definida para as variadíssimas áreas em que a AAUBI atua, não se pode olhar para os projetos com uma visão a curto prazo. Essa não é a fórmula de sucesso para uma associação com tanta resiliência e fome de vencer como esta”, disse.