Regina Gouveia, vereadora com o pelouro da cultura na Câmara Municipal da Covilhã, defende que o Ciclo de Teatro Universitário da Beira Interior, promovido pelo TeatrUBI e ASTA, tem como lugar natural para se realizar a universidade e não o Teatro Municipal.
A justificação foi dada na reunião publica da Câmara Municipal, depois de confrontada pelo vereador Ricardo Silva com as críticas de Rui Pires, presidente do TeatrUBI, pela não cedência do espaço municipal.
Regina Gouveia recorda que as estruturas amadoras têm direito a uma cedência por ano e destaca que “aqui não se justifica uma exceção”.
“Não obstante o valor do festival, não deve ser equacionado dessa forma. É um festival de teatro universitário, a universidade tem auditórios e não há espaço mais adequado que a própria universidade”, disse a autarca.
Frisa que tendo direito a um dia de acolhimento, “deve escolher o espetáculo mais marcante do festival para ali apresentar, penso que esse deve ser o caminho”, detalhou, sublinhando que “ninguém nega o valor do festival, de todo”.
Regina Gouveia, na sua intervenção, recorda que no caso da ASTA, foi pedida a exceção para o número das suas utilizações anuais do Teatro Municipal dada a relevância do trabalho que também “está na candidatura da ASTA à DGARTES e como esta não tem sala de espetáculos, não conseguiria colocar o espetáculo noutro espaço. Algo que não se aplica neste caso”, frisou.
Recorda também que o TeatrUBI usa os espaços municipais sempre que tem necessidade de reuniões ou fazer outras apresentações.
Regina Gouveia detalhou que “como princípio orientador” para a programação do Teatro Municipal existe uma relação de 50% entre acolhimentos e programação.
“Se tivéssemos mais do que 50% de acolhimentos, não seria necessário ter um diretor artístico, qualquer técnico ou assistente técnico, faria o trabalho de receber, selecionar e registar, não seria necessário um especialista e não seriamos um município que já é uma referência pela sua programação cultural no Teatro Municipal”.