No âmbito da ação “MC2: Movimentos Culturais Coletivos”, o Museu da Covilhã recebe a tertúlia informal “A Diáspora dos Cristãos Novos”, que terá lugar dia 11, às 17:00.
É um tema em análise por Maria José Ferro Tavares, que defende que esta temática “está plenamente integrada na história da expansão europeia e da história dos vários reinos”.
“É constituída por factos que têm que ver com a expulsão dos judeus de Espanha e de Portugal; o batismo forçado; o estabelecimento da Inquisição; o desejo dos Cristãos-novos regressarem à religião dos seus antepassados em liberdade e uma diáspora que é uma partida mas por vezes também um regresso, com todos os inconvenientes pessoais que este acarreta”, pode ler-se em nota de imprensa.
A temática é acompanhada pela exposição “Diáspora Judaica Portuguesa: Cristãos-novos, Criptojudeus, Marranos, “Gentes da Nação” (séc. XV a XXI)”.
Esta exibição, da autoria da Associação Hagadá, responsável pela criação, instalação e gestão do Tikvá – Museu Judaico Lisboa, e em parceria com a Editorial Chandeigne, contempla 21 painéis e vídeos que “contam a história da diáspora judaica portuguesa no contexto sefardita, desde a sua origem até às reminiscências contemporâneas das memórias marranas e seus lugares de memória”.
A exposição ficará patente de 10 a 24 de maio, das 10:00 às 18:00, no Museu da Covilhã.
Maria José Pimenta Ferro Tavares é historiadora e professora portuguesa, especialista na história dos judeus e dos cristãos novos em Portugal. Professora catedrática de nomeação definitiva pela Universidade Nova de Lisboa, é também diretora da Unidade de Ensino à distância e ex-reitora da Universidade Aberta.