Cerca de uma centena marcharam pelos direitos LGBTQIA+ na Covilhã

Organizada pelo movimento “Covilhã a Marchar” decorreu ontem a 2.ª dição da marcha pelos direitos LGBTQIA+ na Covilhã.

Apesar da muita chuva a organização optou por não desmarcar o evento e ficou satisfeita com a adesão que conseguiu, disse, em declarações à Rádio Clube da Covilhã, Catarina Taborda.


“Estamos felizes porque estamos a perceber que as pessoas, mesmo na chuva, se reuniram e estão aqui em prol de direito iguais para toda a gente, os objetivos são os mesmos, sem chuva ou com chuva, por isso vamos todos marchar e lutar pelos nossos direitos”, sublinhou.

Para além da reivindicação Catarina Taborda destaca que esta marcha é também um momento de celebração. “Nesta cidade dois rapazes darem a mão podem ser alvo de preconceito, mas hoje, somos muitos a dar a mão, somos muitos a viver o amor de várias formas e então sentimo-nos unidos e com vontade de festejar”, relatou.

Catarina Taborda dá nota do preconceito que ainda existe para quem foge dos padrões ditos normais. Afirma que, sendo natural do interior, tem ainda mais significado realizar uma marcha desta natureza neste território, onde o conservadorismo perdura.

“Há muitas barreiras, no aceso a saúde, educação e trabalho que urge esbater”, reforça.

A chuva não demoveu estes jovens ativistas pelos direitos da comunidade LGBTQIA+ que saíram à rua para, reforça a organização, “celebrar a liberdade e reivindicar direitos”.