Covilhã: Executivo e oposição em sintonia com construção do posto da GNR no Tortosendo

A construção do Posto Territorial da GNR no Tortosendo é “uma boa notícia para o concelho”, sublinharam os vereadores eleitos pela coligação “Juntos, Fazemos Melhor” após a reunião privada da Câmara Municipal da Covilhã, que teve lugar hoje, dia 5.

Uma obra no valor de 1,6 milhões de euros, sem IVA, que representa, no entanto, “alguma preocupação” para a oposição.


“Se a obra vier a ter um valor de adjudicação superior, esse valor não está acautelado e terá o município que assumir a verba no final das contas. Percebemos que é, também, uma preocupação da câmara municipal, mas não está prevista na minuta de contrato, que foi hoje aprovada”, afirmou Ricardo Silva, em nome da coligação.

Questionado sobre a mesma matéria, Vítor Pereira, presidente da Câmara Municipal da Covilhã, diz que, desde sempre, são situações que ocorrem, mas, agora, “de forma mais acentuada devido à inflação”.

“Hoje em dia, prever com exatidão, ainda que o orçamento seja rigoroso, o valor de uma obra, é um tiro no escuro. Já sabemos que os valores podem oscilar, e o nosso receio é que seja para mais do que para menos”, vincou o autarca.

Este é um tema que não preocupa o executivo, revela Vítor Pereira, acrescentando que “a questão primordial é a de assegurar a construção do quartel no Tortosendo”.   

“É um esforço quase único na região e no país nos últimos tempos”, salientou o autarca.

“O objetivo é que os munícipes tenham um quartel que sirva o propósito para o qual vai ser contruído, que é o de defender o património, a vida, a integridade física, estabelecer a segurança dos covilhanenses ou de quem visita a cidade e, ainda, manter a ordem pública”, disse Vítor Pereira, acrescentando que o valor da obra “não é indiferente, mas secundário”.

“Este quartel não é necessário hoje e agora, é necessário há décadas e, pela primeira vez, conseguimos”, concluiu.

Sem uma data definitiva para o começo das obras, o presidente da autarquia mostrou-se esperançoso de que as mesmas possam “arrancar ainda este ano”.

A empreitada resulta de um protocolo celebrado no âmbito da Lei de Programação de Infraestruturas e Equipamentos das Forças e Serviços de Segurança do Ministério da Administração Interna, dono da obra e responsável pelo financiamento.