Mais de 500 assinaturas reclamam transportes grátis para reformados. CMC estuda medida

A Inter-reformados de Castelo Branco lançou no início do ano um abaixo-assinado em que reclama transportes grátis para reformados na Cova da Beira e nesta altura já recolheu mais de 500 assinaturas, principalmente no concelho da Covilhã, avançou Sérgio Santos, coordenador da USCB.

Em conferência de imprensa convocada para a porta da Câmara Municipal da Covilhã, o sindicalista vincou que, das três autarquias da Cova da Beira, a Covilhã foi a única que respondeu positivamente ao seu pedido de reunião, e está a fazer o estudo de impacto financeiro para implementar a medida.


“Reunimos com a Câmara da Covilhã e esta ficou recetiva à nossa reivindicação e informou ter em curso um estudo sobre o impacto financeiro da aplicação da medida nos transportes públicos urbanos e interurbanos no concelho, adiantando que em breve nos convocará para uma reunião para apresentar as conclusões do estudo e dizer a forma e o tempo em que a medida será implementada”, disse Sérgio Santos.

O coordenador da União dos Sindicatos de Castelo Branco frisa, ainda, que em breve irão intensificar a sensibilização em Belmonte e no Fundão para esta matéria, afirmando que se trata de colmatar as necessidades sentidas pelos reformados devido às baixas reformas e ao custo elevado dos transportes.

Recorda que a medida é exigida pela Inter-reformados devido “ao baixo valor das pensões de reforma na região, que é dos mais baixos do país, o elevado preço dos transportes, que são dos mais caros, e a escassez e fraca qualidade dos meios de transporte, bem como a quase inexistente oferta de transportes interurbanos entre os concelhos do interior, bem como a ligação aos grandes centros.

Sérgio Santos realça ainda que “a estes fatores acresce o facto de na região das Beiras e Serra da Estrela não estar a ser aplicado o Programa de Redução Tarifária dos Transportes Públicos (PART), penalizando ainda mais quem já está penalizado pelas baixas pensões de reforma”.

Embora sem garantias Sérgio Santos avança que no caso da Covilhã a medida poderá ser implementada em 2024, estando a ser feito o levantamento do número de reformados que a medida irá abranger.

O abaixo assinado vai continuar a circular na Cova da Beira, disse ainda o sindicalista, frisando que o objetivo é chegar às mil assinaturas nos três concelhos da Cova da Beira, onde irão instalar bancas para a recolha de assinaturas.