A Mutualista Covilhanense celebrou ontem, dia 7, 93 anos, e durante a cerimónia comemorativa, Nelson Silva, presidente da direção, salientou a “enorme massa associativa” da instituição.
“A Mutualista Covilhanense tem cerca de 3500 associados. É uma das associações da Covilhã com maior massa associativa e isso é revelador daquilo que é a nossa grandeza e riqueza, tendo sido uma alavanca muito importante para a forma como a nossa associação tem crescido ao longo dos anos”, sublinhou.
Durante o discurso, o dirigente avançou que a associação está a implementar, na Casa Moura, o “WokLab”, um “projeto inovador, apoiado pelo Fundo para o Asilo, a Migração e a Integração (FAMI), na área da capacitação e da empregabilidade para migrantes”.
“Isto, num país e, sobretudo, num interior que está a braços com o problema demográfico galopante, devido ao envelhecimento da população. Crescem, a cada dia, problemas relacionados com a falta de mão de obra em vários setores”, destacou Nelson Silva, acrescentando que o objetivo do projeto passa por “cruzar as competências dos migrantes com as reais necessidades do tecido empresarial e região”.
“Festejar 128 anos de história associativa significa que percorremos um longo caminho. Estas associações funcionam no seu limite, uma vez que, na área social, os recursos são escassos e as necessidades são sempre muitas”, sublinhou João Morgado, presidente da assembleia geral da Mutualista Covilhanense, recordando ainda o passado da instituição.
“Se olharmos para trás e pensarmos em quantas pessoas esta associação já ajudou na doença, veremos a importância destas instituições”, vincou.
Durante a sua intervenção, João Morgado frisou ainda que “o que se exige destas associações, nos dias de hoje, é outro género de missão”.
“Temos de acompanhar os nossos utentes, não só do ponto de vista físico, mas também moral. Há um acompanhamento mais exigente e técnico, o que carece de mais recursos”, explicou ainda o presidente da assembleia geral.
José Armando Serra dos Reis, vice-presidente da Câmara Municipal da Covilhã, sublinhou que, atualmente, o concelho “atravessa níveis de desenvolvimento nunca vistos”, acrescentando que a autarquia se preocupa “incessantemente” com o funcionamento destas instituições.
“A Câmara Municipal disponibilizou, para as IPSS, quase 1 milhão de euros, só em complementos para ajudar nos momentos mais difíceis, para garantir os mínimos de funcionamento e saúde dos utentes”, frisou o autarca.
Serra dos Reis reconhece, no entanto, que 1 milhão de euros “é sempre pouco”, tendo em conta as 200 associações presentes na Covilhã.
A cerimónia comemorativa contou com uma homenagem aos associados cinquentenários e com a assinatura de dois protocolos de cooperação.
A Mutualista Covilhanense celebrou 93 anos desde a sua fundação e, simultaneamente, os seus 128 anos de história associativa.