Mutualista Covilhanense abre valência com 25 camas para acolhimento de migrantes

A Mutualista Covilhanense irá abrir uma estrutura de acolhimento temporária, com 25 camas, na Casa Moura.

A nova valência, protocolada com o ISS, recebe primeiro grupo de 19 pessoas amanhã, dia 5, entre os quais, refugiados da Ucrânia, segundo avança a instituição.


Através da valência, a instituição “proporcionará transitoriamente acolhimento aos migrantes, a encaminhar pelo ISS, e auxiliará na sua integração social e profissional”, pode ler-se em nota de imprensa.

O primeiro grupo a integrar a estrutura é de várias nacionalidades, vindas do norte do país, “entre elas um grupo de estudantes universitários que frequentavam Medicina e Medicina Dentária na Ucrânia”, especifica Nelson Silva, presidente do conselho de administração da Mutualista Covilhanense.  

“O acordo celebrado com o ISS surge na sequência da experiência da associação na área das migrações ao longo destes últimos dois anos, com projetos concretizados, em curso e também em fase de implementação”, salienta Nelson Silva, adiantando ainda que a associação está, em paralelo, a trabalhar num projeto inovador na área da capacitação e empregabilidade para migrantes e para a região, a lançar em breve também na Casa Moura.

Além destes projetos, a associação tem dois apartamentos de autonomização para jovens migrantes na cidade da Covilhã, com o objetivo de “apoiar na transição para a idade adulta”.  Contratualizados com a Segurança Social, um está ocupado desde o ano passado e o outro recém-aprovado.

Quanto à Casa Moura, é um edifício com três pisos, recuperado em 2020 pela associação, com vários dormitórios e gabinetes, bem como um amplo espaço exterior, onde nesse ano começou a funcionar a Casa de Acolhimento para Crianças e Jovens Estrangeiros Não Acompanhados, uma das cinco abertas a nível nacional, na altura, “para dar resposta ao compromisso assumido pelo então Governo, perante a União Europeia, de receber em Portugal 500 menores de campos de refugiados da Grécia”.

A Mutualista Covilhanense acolheu um total de 32 menores ao longo dos dois anos de duração do projeto e foi “a única instituição do interior do país envolvida nesta causa humanitária”, refere a nota de imprensa.