O “Centro de Portugal” é hoje uma marca “amplamente reconhecida”, como foi dito pelos oradores e especialistas que visitaram o 9º Fórum Vê Portugal, sublinha, em jeito de balanço Pedro Machado, presidente da Turismo Centro de Portugal
“Há hoje uma perceção da marca «Centro de Portugal» que não existia. Há uma consciência de marca que foi possível transportar para os operadores privados, esse foi um dos desafios que tive no mandato”, sublinhou o responsável, vincando que hoje em dia “há perceção, reconhecimento e assunção da marca «Centro de Portugal».
Pedro Machado, que termina o mandato à frente da Turismo Centro de Portugal em julho, diz que, também por este motivo, sai com a sensação de dever cumprido, frisando que o Centro conseguiu “falar de igual para igual” com todos os outros destinos do país.
“A marca consegue ser respeitada e reconhecida. Isso viu-se, por exemplo, no jantar de gala desta edição do Fórum, em que os presidentes do Turismo Lisboa e do Algarve olharam para o Turismo Centro de Portugal como uma marca interpares”, destacou.
Quanto a desafios para o futuro, defende que é preciso continuar a consolidação da marca, do ponto de vista das várias agendas, desde a sustentabilidade à gestão da água e da floresta. Considera também que é preciso continuar a estudar quem nos visita e o que procura.
“Há a Geração Z, há os novos turistas que não querem contribuir para a pegada ecológica da região”, vincando que é por aqui que certamente irá passar o futuro do turismo na região.
Sobre a agenda do Turismo para o Interior, lançada recentemente pelo Ministério da Economia e apresentada por Nuno Fazenda, Secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Pedro Machado defende que essas “politicas públicas são uma grande ajuda inicial”, no entanto, mostra-se “convencido que este território vale por si próprio”.
“É um bom ponto de partida, e embora o anúncio dessas políticas públicas e o envelope financeiro associado seja importante, a priorização deve ser o seu grau de concretização e a monitorização de resultados”, detalhou.
“É bom haver a preocupação de se desenvolver e aplicar um programa que valorize territórios que têm, à partida, problemas de competitividade, e aqui a mão pública é muito importante para o primeiro impulso, mas estou convencido que este território vale por si próprio”, disse e explicou porquê:
“A nossa ligação ao principal mercado emissor que é Espanha, a ideia de crescer em valor e de crescer com um produto que é reconhecido e apetecido por muitos dos países que hoje consomem Portugal, são, do meu ponto de vista, bons indicadores para o futuro que aí vêm”, concluiu.
A 9.ª edição do “Fórum Vê Portugal” decorreu entre 29 e 31 de maio na Covilhã, juntou cerca de 600 participantes que assistiram a debates, conferências, realizaram visitas guiadas pela região e fizeram reuniões B2B. A organização foi da Turismo Centro de Portugal e do Município da Covilhã.