WOOl está a ser “impactante”. Muita gente já está a “apanhar” murais com a aplicação

A 10.ª edição do Wool, Festival de Arte Urbana da Covilhã, que decorre até domingo, está a ser “impactante”, tanto nos covilhanenses como nos visitantes, e são cada vez mais aqueles que visitam a cidade por esta altura, para “verem a evolução do trabalho nas diversas intervenções”, explicou Pedro Seixo Rodrigues em declarações à RCC.

“Cada edição acaba por trazer um entusiasmo que se sente por parte das pessoas para verem a evolução. Em especial na zona histórica, de edição para edição, percebe-se que há cada vez mais pessoas a vir propositadamente à Covilhã para ver os artistas em ação”, sublinhou, realçando que “mesmo em outras alturas do ano, há muita gente que vem de propósito para visitar os murais”.


Visitas que são cada vez mais “experiências imersivas” em cada intervenção, graças, também, à aplicação “Wall by Wall criada por um aluno de informática da UBI para esta edição do festival.

Pedro Rodrigues realça que “já há muita gente a utilizar a aplicação e a fazer o percurso para tentar completar a caderneta”, o que leva a organização do festival a afirmar que “esta edição está a decorrer muito bem”.

Com a nova aplicação, já disponível em todas as «lojas», as visitas acabam por “ser ainda mais interessantes, frisa Pedro Seixo Rodrigues, sublinhando que “para além da informação sobre os murais e artistas, há a questão da jogabilidade, de se poder percorrer a cidade e colecionar as gravuras na caderneta”. “Um jogo que pode ser feito em família”, sugere o responsável.

Com 5 intervenções a decorrem na cidade, a mais procurada pelo público para ver a sua evolução, por isso “uma das mais entusiasmantes”, está a ser a de homenagem ao Sporting da Covilhã, “pelo que representa e também pelo local em que está”, na rua Marquês D’Ávila e Bolama, uma vez que é um dos principais acessos ao centro da cidade, frisou.

Os restantes quatro “estão também bastantes avançados” diz, e têm “temáticas muito interessantes”.

Pormenoriza que Helen Bur, na rua Comendador Mendes Correia, está a usar a problemática do papel da mulher e do seu trabalho. Taxis usa aspetos característicos da cidade e do território no mural que está em execução junto à Casa das Muralhas. Por seu lado Pitanga, na Escola S. Silvestre, está a abordar a problemática do Desenvolvimento Sustentável, reinterpretando desenhos feitos pelas crianças.

No Largo Sr.ª do Rosário, “um dos locais icónicos do festival”, Tiago Hesp, artista vencedor da open call, está, a partir de hoje, a realizar a sua intervenção.

Pedro Seixo Rodrigues, que integra o coletivo que organiza o festival, falava à margem da conversa com os artistas que ontem à noite decorreu na sede da Banda da Covilhã e que foi o mote para um encontro descontraído entre público e artistas.

O Festival de Arte Urbana decorre até domingo, dia 18. Estes novos murais vêm juntar-se às 131 intervenções que se encontram na cidade e que podem, muitas delas “ser apanhadas” e colecionadas na aplicação.

É um jogo, com uma dinâmica como a que acontece no popular jogo “Pokémon Go”, mas aqui “caçam-se murais” e há mapas que nos guiam até eles.

Há ainda muito para ver nesta edição. Hoje, dia 15, na sede da Banda da Covilhã, é apresentado o documentário “Banksy – Procura-se”. Dia 17, sábado, Mariana Duarte Santos dará um ‘workshop’ de linogravura, limitado a 15 pessoas.

O concerto deste ano, no Miradouro das Portas do Sol, realiza-se no sábado, dia 17, e conta com a apresentação da banda Entre Portas, composta por músicos do concelho da Covilhã, uma iniciativa que resulta de uma parceria com a CISMA – Associação Cultural.