Segunda noite do Verão no Centro Histórico, segunda estreia em concerto na Covilhã. Sexta-feira, 11 de agosto, foi a vez de B Fachada, músico e cantautor, que tocou a primeira vez na cidade num cenário de rua estreita mas composta por largas dezenas de pessoas que acederam à proposta.
O artista, homem sozinho em cima do palco, veio apresentar o álbum “Rapazes e Raposas”, seu último trabalho, mas passou também por outros exemplos da sua discografia, como “B Fachada é Pra Meninos” ou “Criôlo”. Entre o público viram-se famílias, jovens, idosos, crianças. Essa diversidade etária foi, precisamente, combustível para uma dinâmica bem sucedida no concerto, como confessa em exclusivo à Rádio Clube da Covilhã:
“Apareceu um público que eu diria que é um público ideal, que é uma mistura entre a minha malta e umas pessoas locais de faixas etárias bem diversas, com uma amplitude etária muito grande. Eu aproveito sempre para tocar e cantar um bocado para as pessoas que estão a ouvir as canções pela primeira vez. Isso para mim é o meu espetáculo que estou a ver de cima do palco e é um bocado impagável”.
B Fachada, que tem a característica de não fazer alinhamento para os concertos, diz-se “muito sensível à temperatura do público”. O que mais influencia aquilo que faz em palco são “as pessoas e a maneira como estão a reagir ao concerto”. Nesse sentido, uma vez que conseguiu manter o público durante o espetáculo, B Fachada sai da Covilhã satisfeito com o resultado final.
Teve ainda o bónus, como contou à Rádio Clube da Covilhã, de terem aparecido familiares da família do seu avô, que é da Covilhã – “expectativa familiar cumprida”, disse.
B Fachada está ainda a divulgar o seu último disco, “Rapazes e Raposas”, disco bastante aclamado por público e crítica e que o tem colocado num patamar de excecionalidade na nova música portuguesa. Para já, não tem em vista novos trabalhos, ocupado que anda na paternidade e nos concertos ao vivo.
O Verão no Centro Histórico prossegue nas próximas sextas-feiras de agosto com concertos de Beatriz Pessoa e o projeto Entre Portas, nascido na Covilhã. Os concertos são às 22:15 e precedidos às 21:30 por visitas encenadas guiadas por Joana Poejo, com início e término no local do espetáculo.