Festival Diafragma na Covilhã e Paul é um “oásis no panorama audiovisual da região Centro”

Entre 14 de outubro e 12 de novembro vai decorrer a 2.ª edição do Festival Diafragma, um festival bianual dedicado à fotografia e à imagem. A iniciativa do Município vai ter lugar na Galeria António Lopes e na Casa das Morgadas, na sede do PCP (Covilhã) e na Casa da Cultura José Marmelo e Silva (Paul), com um programa diverso de atividades que, tendo a fotografia como luz orientadora, se expande a outras artes, como é o caso da música ou do cinema.

Dedicado este ano à Lusofonia, o Diafragma é para Nelson Marmelo e Silva, diretor artístico, um “oásis no panorama audiovisual da região Centro”. Entre as 16 exposições de 15 fotógrafos (Aníbal Lemos, prestigiado fotógrafo, terá direito a duas exposições, “Mariri” e Cristo”), contam-se vários artistas portugueses, brasileiros e dos países africanos de língua oficial portuguesa, num equilíbrio entre fotógrafos prestigiados e fotógrafos eminentes e numa conjunção de várias temáticas e abordagens fotográficas.


Na conferência de imprensa de apresentação do festival, que aconteceu esta quinta-feira na Câmara Municipal da Covilhã, o diretor artístico destacou assim a “oportunidade de convivermos com a pluralidade e a multiculturalidade dos fotógrafos” que compõem a programação.

Além das exposições, a programação contempla momentos musicais, debates, tertúlias, conferências e oficinas. Há também lugar para o festival ir até às três escolas secundárias do concelho (Campos Melo, Frei Heitor Pinto e Quinta das Palmeiras).

Para Nelson Marmelo e Silva, este é um festival “muito heterogéneo e diversificado, com fotógrafos muito prestigiados e outros em início de carreira”. O diretor defende que “um festival de fotografia tem de ter este apelo e esta comunhão multicultural”. Cumprindo esse mote, “é uma maneira de medir o pulso à fotografia, de promover uma ética da visão e contribuir para a poética da fotografia”, disse.

Regina Gouveia, vereadora com o pelouro da cultura na Câmara Municipal da Covilhã, destacou que, aquando da primeira edição em 2021, o Diafragma foi “colocado numa fasquia muito elevada”, uma vez que foi elogiado pela Direção Regional de Cultura do Centro como um “evento exemplar na área da fotografia e das artes visuais”.

Entre a programação, a vereadora destaca a tertúlia “A Fotografia e o Cinema”, por João Trabulo, seguida da exibição do filme “Lisboa, Cidade Triste e Alegre”, do mesmo autor. Destaca ainda a conferência “Fotografia e Design”, por Paulo Serapicos, importante porque a Covilhã é Cidade Criativa do Design e “interessa sempre estabelecer pontes de artes com o design”.

O Diafragma, festival dedicado à fotografia mas que não esquece a “teia de relações entre as artes”, está orçamentado em 20 mil euros. O programa completo pode ser consultado aqui.