CHUCB implementa técnica inovadora para o tratamento do “dedo em gatilho”

O Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira (CHUCB) foi o primeiro hospital público português, a implementar uma técnica cirúrgica ecoguiada, para tratamento do “dedo em gatilho”, pela mão da Dr.ª Cláudia Santos, ortopedista responsável pelo grupo de cirurgia da mão do CHUCB.

Segundo nota de imprensa envia à RCC, esta técnica cirúrgica ecoguiada combina “a técnica WALANT (wide awake local anesthesia no tourniquet) através da qual o doente permanece acordado ao longo da cirurgia, com a técnica percutânea ecoguiada para o “dedo em gatilho”, o doente é tratado com o conforto e benefícios de uma anestesia local, em regime de ambulatório. Além disso, sai do procedimento cirúrgico com plena capacidade para usar a mão intervencionada, podendo regressar às suas atividades diárias e laborais, num curto espaço de tempo.”


O “dedo em gatilho”, também conhecido como dedo em mola, é uma condição que afeta a qualidade de vida de muitos indivíduos, causando inflamação na bainha dos tendões da mão, que leva a ressaltos dolorosos e limitações na mobilidade. A primeira linha de tratamento requer o uso de anti-inflamatórios e infiltrações, mas quando essas abordagens não são eficazes, a cirurgia torna-se necessária.

Segundo a mesma nota de imprensa a cirurgia tradicional “consistia numa incisão na palma da mão que, apesar de eficaz, resultava frequentemente em cicatrizes duras e dolorosas, que poderiam demorar meses a resolver, limitando a capacidade dos utentes para realizar tarefas quotidianas ou retornar ao trabalho.”

A nota enviada também avança, que “com esta técnica inovadora e minimamente invasiva, designada de técnica percutânea ecoguiada, os cirurgiões podem realizar a intervenção através de um pequeno orifício na pele, evitando pontos (suturas) cutâneos e cicatrizes cirúrgicas.” Acrescentando que é possível visualizar, em tempo real, durante todo o procedimento “todas as estruturas anatómicas envolvidas, utilizando o ecógrafo e garantindo assim a eficácia e segurança da intervenção.”

Esta inovação oferece uma solução mais rápida, eficaz, segura e esteticamente mais agradável para aqueles que sofrem com esta condição debilitante, representando assim um avanço significativo na abordagem de tratamento para doentes com “dedo em gatilho”.