“Sentimo-nos orgulhosos por tudo o que já conquistámos e pelo que possamos vir a conquistar na divulgação e promoção da dádiva de sangue”, disse Vítor Santos, presidente do Grupo Humanitário de Dadores de Sangue (GHDS) da Covilhã.
O dirigente falava durante a sessão solene comemorativa dos 35 anos da associação, que teve lugar esta manhã, no auditório da Biblioteca Municipal.
A instituição diz sentir o “peso da interioridade”, afirma Vítor Santos, sublinhando, no entanto, que não é esse fator que os faz “baixar os braços”.
“Só nos dá mais força para combater todas as adversidades com as quais nos deparamos no dia a dia nas recolhas de sangue e na promoção das mesmas”, vincou.
Neste semestre, o grupo já efetuou 22 sessões de recolha de sangue, nas quais foram obtidas 821 dádivas, “um número que só é possível graças aos dadores”, frisou o dirigente.
Os dados são os mais elevados do interior do país, revelou Abel Cardoso, em representação da União de Freguesias da Covilhã e Canhoso.
“Esta é daquelas associações que todos devemos ter em atenção, porque é uma associação que tem as portas abertas para as pessoas irem dar sangue e fiquei muito satisfeito quando soube que, neste momento, é a associação que mais dádivas tem no interior do país”, afirmou.
Joaquim Paulo Serra, vice-reitor da Universidade da Beira Interior (UBI), sublinhou que a instituição “manifesta a intenção de continuar a colaborar com o grupo humanitário”, referindo que “essa colaboração poderá assumir várias formas”.
Como exemplos, Joaquim Paulo Serra abordou as instalações e equipamentos.
“A universidade tem instalações e equipamentos dos melhores do país e, portanto, a UBI poderá facultar esses equipamentos ao grupo humanitário”.
O segundo eixo prende-se com os cursos que a UBI possui na área da saúde, como medicina, ciências farmacêuticas e biomedicina, disse Joaquim Paulo Serra, revelando que poderá haver um papel de apoio a partir desses cursos.
“Tentar mobilizar a juventude da UBI através de campanhas, ações de sensibilização e eventos” é outra das formas de colaboração, referiu ainda o vice-reitor.
Francisco Mota, em representação da Câmara Municipal da Covilhã, referiu as cerca de 200 associações existentes no concelho da Covilhã, sublinhando, no entanto, que “deve ter-se especial atenção às associações de cariz altruísta e solidário, como é o caso do Grupo Humanitário de Dadores de Sangue da Covilhã”.
Francisco Mota disse estar “satisfeito” por o GHDS da Covilhã “ser número 1 nas dádivas de sangue”, mostrando-se esperançoso de que, em 2024, o apoio à associação “seja maior”.
A sessão contou ainda com a presença de Luís Fiadeiro, presidente da Assembleia Geral do GHDS, Ana Sequeira, enfermeira no Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira (CHUCB), e Paulo Cardoso, presidente da FAS Portugal.