Requalificação quase concluída. Antigo Teatro Clube de Penamacor pode reabrir ainda este ano

A requalificação do antigo Teatro Clube de Penamacor, iniciada em julho de 2020, tem como nova data final de conclusão 30 de novembro.

A 3.ª prorrogação do prazo de conclusão, que inicialmente era de 730 dias, foi aprovada na sexta-feira, dia 15, na reunião do executivo e no final, aos jornalistas, António Luís Beites disse que “a obra está numa fase muito, muito avançada” e a perspetiva é que a empresa cumpra esse prazo.


O presidente explica que os sucessivos alargamentos de prazo se prendem com a atual conjuntura económica e falta de mão de obra, vincando que “as coisas não têm sido fáceis”, sublinhando as “dificuldades e o esforço” do empreiteiro para honrar os compromissos, dentro dos prazos. Frisa que é preferível aludir ao “interesse público e alargar prazos a criar dificuldades e ficar com a obra parada”.

Foi em nome desse “interesse público” que a oposição não votou contra a prorrogação, explicou o vereador Filipe Batista, vincando que não é objetivo “dificultar o andamento dos trabalhos”, disse.

Já sobre a programação da sala o presidente da Câmara Municipal refere que o primeiro espetáculo poderá acontecer ainda este ano, embora sem essa certeza. Avança que a autarquia está a trabalhar na programação do próximo ano.

“Estamos a trabalhar na programação para do primeiro semestre de 2024, porque a sala precisa de ter vida e temos de recorrer a parcerias externas para dinamizar a grandiosa sala de espetáculos que vamos ter a partir dessa altura”, disse.

Recordar que o antigo Teatro Clube de Penamacor se encontrava devoluto, sofreu agora obras para o reabilitar e ampliar, “para que albergue funções como bilheteira, receção, bengaleiro, instalações sanitárias, bar, camarim e acesso direto à sala polivalente”.

A obra, adjudicada inicialmente por cerca de 2 milhões de euros, é financiada em cerca de meio milhão de euros pelo Plano de Regeneração Urbana de Penamacor, e em cerca de 1,6 milhões pela linha de financiamento do Instrumento Financeiro para a Reabilitação e Revitalização Urbanas.

António Luís Beites destaca que, dado o aumento do custo dos materiais, por exemplo, a obra vai custar cerca de 2,5 milhões, sendo que os financiamentos se mantêm, sendo o restante suportado pela autarquia.

Trata-se de conseguir um equipamento multifuncional, capaz de permitir a promoção de espetáculos de teatro, cinema, música e outras artes, a realização de colóquios, seminários, workshops ou encontros temáticos, por exemplo.

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