Arte e Coesão Territorial: DG Artes apoia projeto a desenvolver em Penamacor com 50 mil euros

Ao abrigo do programa “Arte e Coesão Territorial”, promovido pela Direção Geral das Artes, que visa “dar um contributo concreto e efetivo para a correção das assimetrias regionais, porque é dirigido apenas a territórios de baixa densidade cultural, no que se refere à criação e programação artísticas”, Penamacor conseguiu o financiamento de 50 mil euros para implementar o projeto “Uma CURA na Raia”.

Ilidia Cruchinho, vereadora com o pelouro da cultura na autarquia, congratulou-se com esta “conquista” para o concelho, apontando que a candidatura da associação “A música Portuguesa a Gostar Dela Própria” foi classificada em terceiro lugar, entre as mais de 100 candidaturas, sendo que apenas 34 foram aprovadas.


A associação vai agora implementar no território o projeto “Uma CURA na Raia”, que conseguiu o financiamento máximo da DG Artes.

O projeto prevê o envolvimento ativo da comunidade, associações e do próprio município, vincou a autarca durante a reunião publica da Câmara Municipal.

A vereadora cita a DG Artes para sublinhar que é um projeto com excelente qualidade artística, muito bem fundamentado, inovador e original. Destaca a criação musical com base nas tradições orais. “Um projeto relevante à escala local, nacional e internacional, destacando-se a dimensão transfronteiriça”, citou.     

Realça que será um projeto a desenvolver nos próximos dois anos, deixando a porta aberta à continuidade porque “deixa sementes” no tereno.

A associação “A Música Portuguesa a Gostar dela Própria”, tem sede em Serpins e foi aí que criou o projeto CURAS, que agora traz a Penamacor.

“Para nós não há nada mais triste que fazer um projeto num lugar, com pessoas dali, e depois vir embora e não deixar lá nada”, realça a associação.

“Criámos a CURA em Serpins, que é a nossa base e com ela um Coro que todas as semanas enche de alegria o espaço e quem o frequenta, mantendo assim as canções que gravamos vivas e a sensação de força e alegria do coletivo em quem as canta”.

Agora é preciso começar a encher o país de CURAS e ir melhorando e aprendendo com cada uma. Queremos fazer parte de uma regeneração possível do território através da sua identidade cultural. Agora queremos uma CURA na Raia, ao mesmo tempo que vamos melhorando em Serpins e tornando esta CURA maior”, descreve a associação.

CURA é o nome que a associação dá à sua sede.