Plataforma: “Não há incompatibilidade entre a redução das portagens e defesa do ambiente”

“Nenhum Ministro decreta o fim da discussão sobre a redução ou eliminação das portagens” é a resposta direta da Plataforma P’la Reposição das Scuts à Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, mantendo a “posição de luta pela sua eliminação”

Luís Garra, que integra a Plataforma em nome da USCB, falava à Rádio Clube da Covilhã depois do conselho geral que decorreu ontem à tarde.


Dá conta que a plataforma mantém a sua posição, exigindo a eliminação das portagens no interior, destacando as várias ações que o Conselho Geral decidiu para alcançar esse fim.

Entre elas, uma reflexão sobre “Portagens vs Mobilidade e Ambiente”, para, junto com académicos e especialistas, demonstrar que “não há incompatibilidade entre a redução do custo das portagens e defesa do ambiente”, a realizar dia 27.

“Não diminuído essa poluição, ela é deslocada. Com o aumento das portagens, os automobilistas saem das autoestradas para as nacionais, atravessando vila, aldeias e cidades, ou seja, poluem junto das populações. A poluição é a mesma, os carros são os mesmos, mas com a diminuição das portagens não poluem junto das populações”, sublinhou.

Sustenta que a Plataforma concorda que é preciso uma aposta séria na mobilidade, mas recusa a ideia que se passa que é “continuem a pagar as portagens que um dia, quando forem velhinhos, terão as tais infraestruturas”.

“Somos pelo investimento na mobilidade, então eliminem as portagens e invistam nestas infraestruturas, quando o investimento estiver feito, cá estamos para analisar se vale a pena a introdução de portagens”

A Plataforma tem agendadas outras ações, dia 8 de novembro, dia da audição de Ana Abrunhosa no debate do orçamento, a Plataforma vai estar presente na Assembleia da República, para fazer sentir que “o problema não está arrumado”, disse.

Avança também que o organismo já pediu audiência à Comissão Parlamentar de Orçamento e Finanças, onde estão todos os grupos parlamentares, para, “de viva voz, explicar as razões levam a manter a posição da eliminação”.

Luís Garra frisa, também, que plataforma vai estar atenta ao início de 2024, para ver se, por força da inflação, o preço das portagens não vai aumentar, o que fará com que o desconto não seja de 30%, mas menor.

Luís garra refirma a exigência de eliminação das portagens, vincando que apesar da luta de anos, não se sentem desgastados, até porque “o que têm alcançado, junto com as populações, dá alento para lutar”.