Câmara da Covilhã aprova orçamento de 57,6 milhões de euros para 2024

O orçamento da Câmara Municipal da Covilhã para 2024 foi hoje aprovado por maioria, com a abstenção da coligação “Juntos Fazemos Melhor”.

O orçamento do município apresenta um valor de 57,6 milhões de euros, o que representa um aumento de 10,3 milhões de euros relativamente ao ano anterior.


Para Vítor Pereira, presidente da Câmara Municipal da Covilhã, este é um orçamento “ambicioso”, que visa “honrar compromissos com as empresas, famílias e instituições”, segundo disse aos jornalistas no final da reunião privada do executivo.

Este é um documento “flexível, dinâmico e que pode adaptar-se a todas circunstâncias”, algo que, para Vítor Pereira, “só é possível, porque a autarquia recuperou o passivo e a divida”.  

“Para além de cumprirmos a nossa função ao dar tudo o que podemos dar em termos de iniciativas, estamos aqui para, em caso de necessidade, podermos fazer o que for preciso”, frisou.

Segundo revelou o autarca, este é um orçamento que contempla, entre outros, a construção de um Pavilhão Multiusos, novas piscinas municipais cobertas, requalificação do Parque da Goldra e, ainda, um campo de padel no Jardim do Lago.

Relativamente ao Pavilhão Multiusos, futuramente localizado junto ao Complexo Desportivo, é uma obra que Vítor Pereira espera poder ser iniciada “antes do final do mandato”.

“Um projeto ambicioso e desejado pelos covilhanenses há muitos anos. Espero que se torne um motivo de atração e que traga milhares de pessoas a assistir espetáculos, competições desportivas e outros eventos”, revelou.

Uma parceria, ainda a ser estudada, entre a Câmara Municipal da Covilhã e a Universidade da Beira Interior poderá dar origem a uma nova piscina municipal coberta, avançou ainda Vítor Pereira, sublinhando que o objetivo é, posteriormente, fazer das atuais piscinas cobertas, neste momento encerradas para obras de requalificação, uma piscina descoberta, devido à sua localização e exposição solar.

Ainda não foi decidido o local para esta construção, frisou o autarca, salientando que, se vier a ser formalizada a parceria com a UBI, a escolha terá de ser pensada entre as duas entidades.  

Para o Parque da Goldra, está prevista a apresentação de um projeto polivalente, que se espera que fique implementado até ao final de 2024.

Campo de mini-basket, padel e parques infantis foram algumas das opções apresentadas por Vítor Pereira, que sublinhou que tudo o que ali for implementado, terá de ser de ser implementado de forma “estrategicamente enquadrada com a paisagem”.

O Jardim do Lago vai, também, sofrer uma intervenção, com a construção de um campo de padel, que ficará localizado junto ao campo de basquetebol. Com 420 metros quadrados, será uma concessão de exploração por parte do município.

O autarca anunciou ainda obras de requalificação para a Escola Secundária Campos Melo, no âmbito de uma candidatura ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

À semelhança do que já tinha anunciado na sessão solene comemorativa dos 153 anos da elevação da Covilhã a cidade, Vítor Pereira salientou ainda a fixação da taxa de IMI no mínimo estipulado por lei: 0,3% para prédios urbanos e 0,8% para prédios rústicos.

A fixação na taxa mínima de Derrama e a suspensão da aplicação da Taxa Municipal de Ocupação de Subsolo foram outros dos pontos aprovados por unanimidade.

Para a coligação “Juntos, Fazemos Melhor”, que se absteve na votação da proposta de orçamento para 2024, o documento possui intenções “que não passam de meras intenções”.

“Há um conjunto de obras previstas que surgem no orçamento com um valor muito inferior àquilo deveriam surgir”, refere a oposição, apresentando, como exemplo, a piscina municipal, “que aparece orçada em 250 mil euros, mas não passa de um projeto”.

A oposição diz faltar, no documento, obra há muito reivindicadas, nomeadamente, a remodelação do Mercado Municipal, uma variante à Serra da Estrela e a construção de uma Piscina Municipal coberta, “que já devia estar numa fase muito mais avançada”.