Em projetos aprovados, a Covilhã verá cerca de 15 milhões de euros investidos em quase 200 fogos habitacionais públicos no concelho nos próximos anos. Só na Estratégia Local de Habitação do Município, dentro do programa 1.º Direito (dirigido a quem vive em condições “indignas”), são 150 os fogos que a Câmara Municipal da Covilhã está a reabilitar ou vai reabilitar.
No contexto da visita às obras de reabilitação de uma das 20 empreitadas do Município na Urbanização Quinta da Alâmpada, na Boidobra, a vereadora com o pelouro do Parque Habitacional Social, Regina Gouveia, não esconde que a Estratégia Local de Habitação é “muito ambiciosa”.
“Embora o Município já tenha um parque habitacional público de elevada dimensão, continuamos a sentir este desafio da habitação como sendo um caminho fundamental para a autarquia. Acreditamos que se conseguirmos concretizar todos os programas e investimentos previstos dentro das várias candidaturas, estaremos a mudar o futuro de muitas famílias”, afirmou Regina Gouveia, referindo-se não só às famílias carenciadas mas às de classe média ou aos jovens que o Município que fixar no território.
Além dos 150 fogos habitacionais previstos na Estratégia Local de Habitação – um investimento de 5,4 milhões de euros – o Município tem também aprovado um protocolo com a Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIMBSE) e com o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) para a construção de 90 fogos com rendas acessíveis, num investimento de 7,3 milhões de euros. Este investimento prevê seis lotes na Covilhã e um no Canhoso.
Existe ainda outro projeto do Município dentro da Bolsa Nacional de Alojamento Urgente e Temporário (BNAUT) para a construção de um edifício de raiz e a reabilitação de dois edifícios no Centro Histórico, perfazendo um total de nove habitações e um investimento de dois milhões de euros.
Tudo somado, são cerca de 200 habitações aprovadas num investimento de quase 15 milhões de euros num concelho cuja lista de espera para a habitação social supera as 150 famílias.
Questionada sobre se as necessidades existentes no concelho podem ser todas superadas com o parque habitacional que o município está a criar, Regina Gouveia acredita o Município vai ter capacidade para famílias “que efetivamente são prioritárias por não terem capacidade de, por si, criarem condições dignas nas suas habitações ou terem acesso a uma habitação condigna”.
Quase finalizados os empreendimentos na Boidobra – está previsto terminarem em janeiro de 2024 – o Município segue com empreitadas na Biquinha, na zona do Rodrigo e no Tortosendo (Rua Nova do Souto). Já o projeto com a CIMBSE e o IHRU para os 90 fogos na Covilhã e Canhoso, está previsto ser concluído em março de 2026, com “chave na mão”.