O Centro Interpretativo Mineiro, que resulta da recuperação da antiga cantina dos trabalhadores da Mina, vai estar concluído em abril do próximo ano.
O centro representa um investimento próximo dos 500 mil euros, entre financiamento comunitário, da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia de Aldeia de S. Francisco de Assis e pretende ser mais um fator para impulsionar o turismo naquela região.
Um objetivo realçado por Joana Campos, presidente da Junta de freguesia, e por Vítor Pereira, presidente da Câmara Municipal da Covilhã.
“Um dia a mina vai fechar” e é preciso dar à população oportunidades de vida diferente, disse o presidente do município, apontando que na região “há um manancial de oportunidades para o turismo mineiro se desenvolver”, destacando que este centro é “uma das fases de um projeto maior”, a “Rota do Volfrâmio e do Estanho – História e Memória das Comunidades Mineiras”, que tem esse objetivo.
O autarca falava à Rádio Clube da Covilhã durante uma visita ao local, realizada esta segunda-feira, dia 6, no âmbito das comemorações dos 153 anos da elevação da Covilhã a cidade.
Trata-se de um espaço museológico e centro de interpretação, terá também um website para complementar os conteúdos multimédia.
No âmbito do projeto “Rota do Volfrâmio e do Estanho – História e Memória das Comunidades Mineiras”, estão a ser criados percursos pedestres, um documentário sobre as minas e diverso material de promoção do Couto Mineiro, foi ainda explicado.
Vítor Pereira vinca que o turismo é uma “atividade crescente na região”, e, sendo a Covilhã e o seu concelho, “o grande referencial turístico do Interior”, pois é a região que a seguir a Évora regista mais dormidas, o objetivo é que “haja pretexto para o turista visitar e permanecer mais tempo”, considerando que este Centro Interpretativo, e outros que estão a ser criados no concelho, têm esse objetivo.
Joana Campos, presidente da Junta de Freguesia de Aldeia de S. Francisco de Assis, não tem dúvidas que o futuro daquele território “depende do turismo mineiro”, realçando desta forma a importância deste investimento.
“Nós sabemos que um dia a mina vai ter um fim, esperemos que seja o mais longínquo possível, e o turismo é a grande potência desta zona”, realçou, concluindo que “este centro interpretativo é uma ajuda enorme para que isso aconteça”.
Recordar que na região existe o já o museu mineiro que será no futuro complementado com este novo Centro Interpretativo na Barroca Grande.
Joana Campos recorda também que já há “60 metros de galerias visitáveis na mina”, o que poderá aumentar no futuro, mas, uma vez que esta continua em laboração, por questões de segurança, tal ainda não é possível, explicou.
Dá conta que a administração da mina também sabe a “o turismo é uma mais-valia” e está inserida neste projeto.
Referir que a “Beralt Tin and Wolfram Portugal, S.A.”, detentora das Minas da Panasqueira, é parceira na criação deste centro interpretativo, contribuindo com alguns dos conteúdos, nomeadamente maquinaria.