A Filarmónica Recreativa Cortense, de Cortes do Meio, está a celebrar 124 anos e os seus dirigentes não escondem a satisfação de poderem afirmar que continuam com uma vitalidade invejável.
Têm a sede social praticamente concluída, realizam atividades, têm cerca de 30 crianças na escola de música e 32 músicos nas suas fileiras e, vinca ainda o presidente, não têm dividas.
A conclusão da sede é o grande objetivo, mas sem esquecer a parte humana, que é o mais importante, sublinha Alexandre Barata, presidente da Filarmónica Recreativa Cortense.
O dirigente falava à Rádio Clube da Covilhã à margem do almoço de aniversário que este domingo juntou cerca de 140 participantes, o que é demonstrativo do carinho que as gentes de cortes do meio têm pela sua filarmónica.
Um almoço que decorreu na nova sede da coletividade, que, apesar de ainda não estar concluída, já proporciona melhores condições de trabalho. Falta concluir o espaço da escola de música e espaços administrativos, trabalhos que inicialmente estavam orçados em cerca de 50 mil euros, mas que aos preços atuais devem ser superiores, explicou Alexandre Barata.
O dirigente recorda que a obra, com um investimento inicial de 100 mil euros, teve apoio da ADERES e que o empréstimo contraído pela filarmónica já está pago.
“Sem dividas e com atividades, e sempre que temos algum dinheiro disponível tentamos, aplicar”, frisa.
Uma gestão “criteriosa e rigorosa” elogiada pelo presidente da Junta de Freguesia de Cortes do Meio, Jorge Viegas. Elogia o facto de a filarmónica realizar atividades, algumas de grande monta como o certame Pastores, fazer obras e, ainda assim, ter as contas em dia.
“Hoje celebramos 124 anos que representam a força que as pessoas têm. Comemoramos o vigor diretivo, dos músicos, mas também o legado que foi sendo construído ao longos dos 124 anos”, disse.
Sobre as obras na sede, o autarca aponta que é algo que “está além do orçamento da Junta de Freguesia”, dando conta que, tal como já aconteceu com os trabalhos que se realizaram, terão que ter o apoio da Câmara Municipal da Covilhã.
De entre as várias atividades da filarmónica o autarca elege a sua escola de música como uma das principais, uma vez que, para além de proporcionar o ensino, consegue, dessa forma, ligar-se à população.
“Desde muito cedo que os nossos filhos passam por aqui e toda a aprendizagem que aqui se faz, não só na área da música, é algo que lhes fica para vida. Por isso é que há uma proximidade tão grande da população à Filarmónica, mais do que a qualquer outra coletividade da freguesia”, disse.