Governação PS “serviu de pasto” para progressão de reacionários de direita

O verdadeiro voto útil para travar os reacionários de direita é na CDU, defendeu Vladimiro Vale, membro da Comissão Política Nacional do PCP, durante a reunião da Assembleia da Organização da Concelhia da Covilhã do partido, que teve lugar este domingo.

Na sessão de encerramento da iniciativa, que decorreu na Biblioteca Municipal da Covilhã, Vladimiro Vale apontou setas à maioria socialista, e também às políticas de direita, sublinhando que a governação PS é responsável pelo crescimento dos “reacionários”.


“O PS não só não combateu as desigualdades, nem os setores mais reacionários, assim como a sua política de não resposta aos problemas dos trabalhadores e das populações serviu “de pasto” para que esta gente pudesse progredir por aí fora. O voto útil será o voto na CDU”, disse.  

O propósito da reunião foi eleger a nova comissão concelhia e aprovar a resolução política concelhia, mas as legislativas de 10 de março teriam de ser tema.

Vladimiro Vale aponta o “reforço da votação na CDU” como o grande objetivo do partido, mostrando-se confiante nesse resultado.

“A esquerda que é importante reforçar é a que está do lado dos trabalhadores, que garante que dá mais força a quem lha dá. É a esquerda que a CDU e o PCP representam. É isso que está em causa nas próximas eleições, é dar mais força à CDU como garantia de que os valores de Abril estão representados, que os trabalhadores têm representação e que os pequenos e médios empresários também têm politicas que os protejam. A CDU é uma garantia de uma alternativa política”, vincou.

Em termos locais, no decorrer dos trabalhos foram várias as críticas apontadas, segundo referiu o dirigente na sua intervenção final, destacando a privatização dos transportes e o que daí advém, as condições de trabalho nas empresas têxteis, o valor do subsídio de refeição, a limitação de liberdades e a privatização de serviços da ação social na escola.

“O negócio da Saúde” foi outra das cíticas, frisando que o dinheiro, que é de todos, tem de ser investido no SNS e não nos grupos privados como está a acontecer, também, na Covilhã.

“O que é público é de todos, o que é privado é só de alguns”, sublinhou.

Na reunião foi aleita a nova comissão da organização concelhia do PCP que integra Américo Calvo, António Rato, Aníbal Cabral, Casimiro Santos, Elvira Cardoso, Emílio Rodrigues, Irina Simões, Jorge Fael, Marco Gabriel, Marisa Marques, Monica Ramôa, Natália Videira, Rita Videira, Rui Castanha, Pedro Manquinho e Vítor Reis Silva.  

Por unanimidade foram aprovadas duas moções, uma sobre as comemorações dos 50 anos do 25 de Abril em que se propõe “exortar os órgãos representativos das autarquias a promover programas de comemoração, envolvendo a participação das forças vivas do município e freguesias”.

Uma segunda moção apelando ao cessar-fogo imediato na Fixa de Gaza e urgente ajuda à população palestiniana, exigindo a retirada imediata das forças israelitas do território.

A resolução política concelhia foi também aprovada por unanimidade.