Jogos Adaptados da Cova da Beira provam que o desporto “é uma festa”

Durante três dias mais de 350 participantes, de 30 instituições de norte a sul do país, fizeram da 10.ª edição dos Jogos Adaptados da Cova da Beira uma verdadeira festa, transformando a Covilhã na capital do desporto adaptado. “Não esperávamos tanto” diz, satisfeito, o presidente da APPACDM Covilhã que organizou o evento.

António Marques não tem dúvidas que “são três dias em que a Covilhã é a capital do desporto adaptado”. Explica que recebe 30 instituições e cerca de 350 pessoas envolvidas. “É a 10.ª edição e aquela que tem mais participantes, e o que nos deixa satisfeitos é saber que as instituições que participam num ano voltam, e a elas juntam-se algumas novas. Estamos orgulhosos pelo trabalho que desenvolvemos”, disse.


Aponta que a organização “não esperava tanta gente”, detalhando que foi necessário estender as provas ao pavilhão do Teixoso. “É bom ter tanta gente, não esperávamos tanto”, refere.

Um crescimento que segundo detalha se deve a uma “maior atenção das instituições à importância do desporto na socialização destes jovens”, algo que não acontecia há alguns anos, disse em declarações à Rádio Clube da Covilhã, à entrada para o jantar de encerramento do evento, que decorreu esta terça-feira no Hotel D. Maria.

António Marques revela que no caso da APPACDM Covilhã o desporto adaptado foi uma aposta inicial da instituição. Fundada a 3 de dezembro de 2007, passados poucos meses já tinha um técnico de desporto a trabalhar com os seus utentes, detalha o dirigente.

Sobre vencedores ou vencidos, aqui não existem. Nestes jogos o importante é a “superação individual”, “se houver seis jovens numa prova, os seis sobem ao pódio”, exemplifica António Marques. O importante é a confraternização e o convívio, frisa o presidente da APPACDM Covilhã e, também, da Special Olympics Portugal.

“A próxima edição só não se realizará se não houver apoios”, diz António Marques, sublinhando que esta é uma organização que fica “bastante cara” uma vez que todas as despesas desde que os atletas chegam à Covilhã, nomeadamente, alojamento e alimentação, são por conta da organização.

Para o efeito conta com o apoio do Instituto Nacional da Reabilitação e do Instituto Português da Juventude e Desporto, apoios aos quais já concorreu para a edição 2024.

A nível local António Marques revela que sem apoio da Câmara Municipal da Covilhã, UBI e da UF Covilhã e Canhoso, e este ano também da Câmara Municipal da Fundão, uma vez que a piscina municipal da Covilhã está encerrada, foi naquele concelho que decorreram as provas de natação, também não seria possível a organização, explicou o dirigente.

“A gestão nas IPSS é feita no dia a dia e ao cêntimo e com as verbas envolvidas neste tipo de eventos sem apoios seria impossível”, dá conta, salientando que com este número de participantes é cada vez mais difícil, mostrando-se, no entanto, convicto que “nunca negaram os apoios, foi possível até aqui e, certamente, será no futuro”, disse.  

A 10.ª edição dos Jogos Adaptados da Cova da Beira decorreu entre 20 e 22 de novembro nos pavilhões desportivos da Universidade da Beira Interior (UBI) e da Escola do Teixoso e na Piscina Municipal do Fundão, nas modalidades de Basquetebol, Natação, Ténis de Mesa, Futsal e Badmínton.