Assinalar o Dia Mundial da Diabetes no CHUCB faz parte de um “programa nacional prioritário”

A diabetes é uma doença que afeta grandes percentagens da população, “havendo uma larga maioria de nós que tem ou conhece alguém que tem diabetes”, lembrou Dídia Lages, da Unidade Integrada da Diabetes do Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira, na sessão de formação que ontem ali se realizou para assinalar o Dia Mundial da Diabetes.

Na tarde dedicada à diabetes, falou-se sobre tratamentos, prevenção, alimentação, fármacos, entre outros assuntos que ajudam à compreensão desta doença. João Casteleiro, Presidente do Conselho de Administração do CHUCB, realçou que uma iniciativa destas é fundamental por contribuir para o cumprimento das funções do hospital, “que não vive intramuros e faz educação sobre saúde e contacto com a comunidade há muitos anos”.


“A comunicação entre profissionais e com a comunidade é fundamental para a educação e para a literacia para a saúde. Faz parte da nossa função, que não é só assistencial nem de investigação”, disse o presidente.

Já Filipa Pinto, da Unidade Coordenadora Funcional da Diabetes do ACES Cova da Beira), realçou o “programa ambicioso” da tarde de ontem e referiu que o Programa Nacional da Diabetes é “um dos programas prioritários desde 2012”. A médica relembrou que as taxas de mortalidade da diabetes são altas e que a doença se caracteriza pela sua “transcendência sócio-económica e etária”.

Ana Sequeira, médica de família que esteve em representação da Associação de Diabéticos da Serra da Estrela, vincou a importância da “articulação entre profissionais e serviços” na prevenção e tratamento da doença. “É importante fazermos com alguma regularidade este tipo de reuniões para nos articularmos e chegarmos a bom porto em relação aos indicadores e aos objetivos do controlo dos doentes com diabetes”, disse.

A sessão formativa decorreu tarde fora com mais de duas dezenas de oradores que falaram sobre esta doença que, segundo dados de 2021 da Federação Internacional da Diabetes, afeta cerca de 537 milhões de adultos.