No âmbito do projeto DesirMed, o Município do Fundão integra um consórcio para “desenvolver metodologias de demonstração e integração de soluções baseadas na natureza para uma transformação resiliente às alterações climáticas no mediterrâneo”, revela a autarquia em nota de imprensa.
O DesirMed “é uma das maiores iniciativas relacionadas com a adaptação às alterações climáticas no Mediterrâneo”, cujo principal objetivo é “fortalecer o conhecimento e as capacidades das regiões do Mediterrâneo e comunidades que assumam um papel preponderante de liderança na transformação necessária por força da adaptação às alterações climáticas e acelerem a implementação de soluções transformadoras para aumentar a sua resiliência a longo prazo”.
Este projeto terá a duração de 60 meses e irá reunir uma equipa multidisciplinar de especialistas, nomeadamente nas áreas de planeamento espacial, biologia, ecologia, climatologia, economia, finanças, bem como empresas, agricultores, entidades públicas e especialistas, para desenvolver estratégias de adaptação e resiliência, priorizando soluções baseadas na natureza.
O projeto DesirMed, com início em janeiro de 2024, conta também com a participação da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco (ESA IPCB) e da CIMBSE – Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela.
A equipa de trabalho tem um orçamento total de 1,5 milhões de euros e o seu prazo de execução será de cinco anos.
O DesirMED faz parte do programa europeu de financiamento para investigação e inovação Horizon EU, no qual o Município do Fundão participa juntamente com outros 32 parceiros de Espanha, França, Itália, Croácia, Grécia e Chipre.
Pedro Neto, vereador da Câmara Municipal do Fundão, indica que “as principais áreas de intervenção do projeto DesirMED abordarão a recuperação dos ecossistemas, a gestão da água, infraestruturas críticas e inclusão de soluções digitais. Será criado um Grupo de Ação Local com os stakeholders relevantes da região, garantindo uma representação abrangente do sectores económicos e políticos, academia e sociedade civil”.
Paulo Fernandez, Diretor da ESA IPCB, sublinha que “serão aplicadas metodologias, técnicas e inovações tecnológicas relacionadas com o setor agroflorestal, que poderão ser um impulso muito significativo para a região”.
O Secretário Executivo da CIMBSE, António Miraldes, refere que “uma das prioridades da CIMBSE neste projeto é o acesso a soluções inovadoras/transformadoras que ajudam a tornar o território que integra a CIMBSE mais resiliente, reduzindo os problemas socioeconómicos e impactos ambientais de eventos climáticos extremos como também a o acesso a boas práticas que permitam desenvolver metodologias relevantes para definir (ou redefinir) estratégias intermunicipais para adaptação e combate às alterações climáticas”.