Homenagem aos militantes mais antigos e eleições dominam almoço de Natal do PS Covilhã

Os 12 militantes que se filiaram em 1974 e impulsionaram o PS a implementar-se na Covilhã foram homenageados durante o almoço de Natal da concelhia que se realizou este sábado.

Este foi um dos momentos que marcou a iniciativa. Já as eleições internas do partido, e a legislativas de 10 de março, marcaram as intervenções políticas que também não esqueceram a política local, com dedo apontado à oposição, “que anda desatenta” à realidade do concelho.  


“Uma homenagem justa”, destacou o líder da estrutura, Hélio Fazendeiro, sublinhando que na pessoa dos três militantes do grupo de 12, presentes na sala, António Santos, António Torrão e Jaime Pedro, agradece tudo o que os 12 fizeram pelo partido.

Para além dos três elementos que compareceram, foram também homenageados, António Fontes Neves, António Lopes, Francisco Mioludo, José Almeida, Joaquim Curral, Manuel Silva, Jerónimo Lucas, José Santos e Júlio Repolho.

As eleições internas do partido, e as legislativas de 10 de março estiveram presentes em todas as intervenções. Já a política local, com dedo apontado à oposição, fez parte, também, da intervenção do presidente do PS Covilhã.

Hélio Fazendeiro, aludindo aos apelos de coligação para 2025 no recente jantar de Natal da coligação “Juntos Fazemos Melhor” afirma que tal “é compreensível”, pois “é um espaço cada vez mais desagregado”. “É um espaço político cada vez mais disputado e é cada vez mais incerto quem será o candidato da direita e por isso vieram apelar à intervenção divina e religiosa, para que considere, ajude e auxilie a unidade da direita no combate ao Partido Socialistas na Autárquicas de 2025”.

Afirma que a oposição na Covilhã “desconsidera” os covilhanenses e os portugueses quando diz “que gostam de ser pobres e têm consciência de ser pobres e não falam por ter medo”.

Afirma que tal “é um insulto”, “uma atitude paternalista, dizendo aos portugueses que quem não pensa como eles pensam, não pensa bem”.

Hélio Fazendeiro acusa ainda a oposição de não estar atenta e não sair à rua. “Só assim se compreende que afirme que o executivo PS na autarquia não desenvolve o concelho”, como fez com base num estudo de uma agência publicitária, apontou.

“A nossa oposição vir dizer que o executivo não desenvolve o território e o concelho só tem uma explicação, eles não saem de suas casas. Não saem e não leem nem ouvem a comunicação social que dá conta do que acontece”.

É também “um insulto aos investidores. Estão cá a investir o seu dinheiro. Vir dizer a estas pessoas que elas não estão a pensar bem, não estão a ver bem o que está a acontecer porque a Covilhã está parada no tempo e estar a regredir, ou é um atestado de menoridade a essas pessoas, ou a confissão de uma disrupção da realidade, de um deslocamento da perceção da nossa realidade”, disse.

Hélio Fazendeiro reiterou o compromisso com que foi eleito para a concelhia: “Contruir o melhor projeto político para as eleições de 2025”

“O PS garante que continuará a assumir a responsabilidade de escolher os melhores protagonistas, ter o melhor programa político e as melhores opções, para garantir aos covilhanenses que não estamos a trabalhar para lhes impor as nossas visões, não iremos criticá-los, nem menorizá-los, porque não concordam connosco”, sublinhou, mostrando-se convicto que “o PS continuará a liderar o executivo em 2025 para garantir o progresso da Covilhã”, conclui.

No campo nacional, Hélio Fazendeiro e Vítor Pereira, presidente da Federação Distrital do partido, alinharam pela mesma bitola, apelando à união do partido, independentemente das disputas internas, para derrotar a direita a 10 de março. “Os nossos verdadeiros adversários estão lá fora, são a direita”, disse Vítor Pereira.

Uma ideia também defendida por Hélio Fazendeiro, apontando que “o PS é o único partido disponível, capacitado e com condições para continuar a governar Portugal e para garantir que os portugueses se desenvolvem”, disse

Presente no almoço, que também serviu para assinalar os 50 anos do partido, esteve o Secretário Geral Adjunto do PS, João Torres.

Em três mensagens para dentro do partido, falou em “confiança no futuro” apontando que o PS tem todas as condições para vencer as eleições de 10 de março.

Na segunda mensagem alertou para o crescimento da extrema-direita, vincando que é ao PS que compete travar esse crescimento.

Disse que o pior cenário que pode acontecer a 10 de março é “ver a extrema-direita voltar a conquistar um lugar de charneira na nossa democracia”. “A extrema-direita está a vencer o combate na direita política do país”, disse, vincando que compete ao PS “travar o crescimento” de um partido “antissistema e que rejeita a constituição”.

E, na terceira mensagem, apelou à mobilização, afirmando que “ninguém pode ficar em casa até 10 de março”.

Pela JS, num discurso lido por Ruben de Maros, a presidente Mariana Oliveira apelou a que “os jovens sejam ouvidos”. “Queremos e devemos participar ativamente na construção de políticas que refletem os nossos valores e aspirações” disse.

 Catarina Mendes, que lidera as Mulheres Socialistas na Covilhã, elogiou o Estado Social seguido pelos Governos PS, mesmo em momentos difíceis, como a pandemia e a crise inflacionária, questionando se a direita o teria feito.

“Acreditam que um Governo de direita, algum dia teria esta sensibilidade social, perante estes problemas? O mais fácil seria a diminuição de salários e direitos para fazer face a estas dificuldades”.

Aponta que “não serão partidos da extrema-esquerda ou absolutamente liberais que garantirão os direitos que damos hoje em dia por adquiridos”, disse.