O WOOL, Festival de Arte Urbana da Covilhã para assinalar os 75 anos da assinatura da Declaração Universal dos Direitos Humanos lança o projeto “WOOL +”, Arte Urbana mais acessível, que ambiciona alargar a experiência de criação e fruição da Arte Urbana e do seu Roteiro a pessoas com deficiência intelectual ou física.
Após 11 edições do WOOL há mais de 45 murais e instalações. A organização realça que “sempre se ambicionou ‘ocupar’ as ruas da Covilhã com Arte, tornando-a acessível a todos. O projeto WOOL + é a resposta ao crescente desejo de alargar esta experiência única a pessoas com deficiência (intelectual e/ou física) e Surdas, ou com outras necessidades específicas”
O projeto “desenha-se como uma iniciativa que permite explorar todas as possibilidades e o potencial criativo e de enorme dinamismo da Arte Urbana, promovendo e apoiando o exercício de um direito também inscrito na Constituição da República Portuguesa, que confere a todos os cidadãos, sem exceção, o fundamental direito à cultura, ao acesso à fruição e criação cultural”.
Segundo explica o coletivo WOOL, a iniciativa estrutura-se em 4 fases sequenciais, sendo a primeira uma Residência artística, entre novembro 2023 e abril 2024, que “propõe o desenvolvimento de um processo participativo e de co-criação entre o artista Mantraste e um grupo de utentes da APPACDM (Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental) da Covilhã. Todo o processo será apoiado por alunos de artes da Escola Secundária Campos Melo, numa intenção clara de formar gerações mais inclusivas, mais ativistas e quebrar barreiras e pré-conceitos”.
A segunda fase será a adição de recursos de acessibilidade aos murais, entre janeiro e abril de 2024.
Ao mural/painel de azulejos que vai resultar da residência artística, mas também a outros 2 murais do WOOL já existentes na Covilhã, será adicionado um conjunto de recursos de acessibilidade, como réplica táctil, audiodescrição, Língua Gestual Portuguesa, linguagem clara, linguagem alternativa e aumentativa.
A inauguração do mural, está prevista para abril de 2024, estando previstas, entre outras atividades o espetáculo “O Tamanho das Coisas” de Alex Cassal, com direção de Marco Paiva (Terra Amarela) e interpretação a cargo do ator Paulo Azevedo; uma criação com Língua Gestual Portuguesa, legendagem e audiodescrição;
Entre junho e setembro de 2024 terão lugar exposições de fotografia e a estreia do filme documental da autoria do realizador Vasco Mendes, na Covilhã e na TV e online
“Para a concretização deste complexo e ambicioso projeto, o WOOL + conta com a consultoria da Acesso Cultura, associação cultural que promove o acesso – físico, social, intelectual – à participação cultural, e o apoio essencial de inúmeras entidades locais e nacionais”, refere ainda a nota e imprensa.