Manteigas quer criar Centro Interpretativo da Truta e reabre viveiro diariamente

O Viveiro das Trutas de Manteigas deverá abrir, novamente, todos os dias, incluindo fins de semana, em 2024.

A informação foi avançada por Flávio Massano, presidente da Câmara Municipal de Manteigas, durante a reunião pública do executivo, que teve lugar esta manhã (18).


Em causa está a “morte de milhares de trutas, devido à ausência de funcionários durante 18 horas sucessivas”, disse Nuno Soares, vereador do PSD, que levantou a questão, apelando a que a Câmara Municipal “volte a pressionar o ICNF para rever o modo de funcionamento do espaço”.

Em resposta, Flávio Massano revelou que houve uma reunião com o ICNF no sentido de resolver o problema. Segundo o autarca, o instituto decidiu que o espaço vai abrir, novamente, todos os dias, durante todo o dia, incluindo aos sábados e domingos, faltando apenas a medida ir a conselho diretivo.

“Chegaram a um entendimento com os trabalhadores de forma legal para compensar essas pessoas e, portanto, vamos ter o viveiro das trutas aberto de segunda a domingo”, frisou.

Durante a sua intervenção, Flávio Massano revelou ainda que “o ICNF e o Estado estão prontos para investir nas condições de melhoria do espaço, nomeadamente tanques e vedações”.

“Parece-nos que, em 2024, há iniciativa e orçamento para investirem”.

Outro dos objetivos é, em conjunto entre a Câmara Municipal e o ICNF, criar o Centro Interpretativo da Truta da Serra da Estrela.

“O ICNF está interessado, e também está interessado em podermos ter funcionários da Câmara Municipal no viveiro das trutas e podermos, ainda, ter visitas guiadas para desenvolver algum tipo de atratividade no viveiro”.

Apesar de a autarquia “estar a pressionar”, Flávio Massano disse não se querer “comprometer com prazos”, mostrando-se esperançoso de que, “em 2024, possamos ver funcionar o Viveiro das Trutas, como já funcionou há muitos anos”.

“Já foi um ex-libris. Acredito que agora não tenha tanta força como já teve, mas acredito que pode ter ainda uma força muito interessante, se tivermos programas educativos, conseguirmos fazer visitas guiadas e se o espaço for cuidado”, sublinhou.